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No Iraque, manifestações deixam ao menos 12 mortos
Protestos de grupos opositores voltam a ser registrados em países do mundo árabe como Iêmen, Egito, Jordânia, Bahrein e Tunísia
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Protestos opositores foram
registrados ontem em vários
outros países do mundo árabe, com particular intensidade no Iraque, onde pelo menos 12 pessoas morreram.
O país, que vinha sendo relativamente poupado da onda de revolta popular na região, enfrentou os mais violentos protestos até agora.
Em Bagdá, manifestantes
derrubaram muros e jogaram
pedras em protesto contra a
corrupção, desemprego e por
melhores serviços públicos.
Atos opositores foram registrados em outras cidades.
No Iêmen, forças de segurança abriram fogo contra
manifestantes na cidade portuária de Aden, deixando ao
menos 19 feridos. Os oposicionistas exigem a renúncia
do ditador Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder.
No Egito, estimadas dezenas de milhares de pessoas
voltaram à praça Tahrir, no
Cairo, para celebrar as duas
semanas da queda do ditador Hosni Mubarak e pressionar a junta militar que governa desde então a promover
as reformas prometidas.
Já a capital do Bahrein,
Manama, foi palco de novos
atos em defesa de reformas e
de abertura política por parte
da monarquia sunita. As manifestações são lideradas pela maioria xiita do país.
Em Amã, na Jordânia, estimadas 4.000 pessoas promoveram um dos maiores atos
das últimas semanas para
pressionar o rei Abdullah 2º a
fazer reformas democráticas.
E na Tunísia, estopim da
onda de protestos na região,
policiais usaram bombas de
gás lacrimogêneo para dispersar opositores que querem a saída do governo interino que assumiu após a queda de Zine el Abidine Ben Ali.
Os manifestantes do mundo árabe têm se utilizado das
sextas-feiras, dia de orações,
para realizar mobilizações.
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