São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2007

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Capital alemã faz celebração para 500 mil pessoas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BERLIM

Quando a Comunidade Econômica Européia nasceu, em 1957, a chanceler alemã Angela Merkel tinha três anos. Aos sete, ela presenciou a construção do Muro de Berlim. "Cresci na Berlim Oriental. O muro separou minha família. Por experiência própria, posso dizer que nada precisa ficar como está", disse Merkel, antes de assinar a Declaração de Berlim.
Tanto para a atual presidente da UE quanto para seus colegas José Manuel Barroso e Hans-Gert Pöttering, respectivamente presidentes da Comissão Européia e do Parlamento Europeu, festejar o cinqüentenário dos Tratados de Roma em Berlim não é coincidência. "Como capital da reunificação alemã, Berlim é um símbolo da renovação e da união européias", disse Barroso, antes de exortar os países-membros a mostrar "vontade política" para tirar a Europa da crise institucional.
Muitos participantes da comemoração em Berlim também vêem na paz a maior conquista européia no século 20.
Diante de um dos 27 pilares que evocam a história recente do bloco, a aposentada Monika Zunckel, 67, falou do sofrimento durante a guerra, no oeste da Polônia. Na adolescência, já em Berlim, a idéia de um continente em paz a fascinou. "Sempre fui fã da Europa, e isso aumentou quando conheci alguns franceses. Até porque ouvia histórias horríveis de um tio que foi condecorado por matar um francês na guerra."
"Meu pai e meu avô vieram à Europa para lutar. Eu não tive que fazer o mesmo", disse o neozelandês Ross Sinclair, de 41 anos, enquanto visitava a Alte Nationalgalerie, um dos nove museus abertos na noite de sábado.
Alguns dos 18 mil freqüentadores emendaram na Clubnacht, uma noite de festejos que tocou música dos 27 países-membros em 30 boates.
A capital alemã reuniu mais de meio milhão de pessoas nas barracas montadas entre o Pariser Platz e a Strasse des 17. O início da festa foi marcado por um grande palco, no qual se alternavam apresentações musicais de artistas de todo o continente, como o cantor britânico Joe Cocker. O encerramento aconteceu às 20h locais com uma queima de fogos de artifício. Os artistas continuaram a tocar noite adentro. (RK)


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