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Opositores de Bush foram espionados, afirma "NYT"
DO "NEW YORK TIMES"
Durante pelo menos um ano
antes da convenção do Partido
Republicano dos EUA em
2004, equipes de policiais de
Nova York à paisana viajaram
para cidades em todo o país, no
Canadá e na Europa para vigiar
sigilosamente pessoas que planejavam fazer protestos no
evento. A informação vem de
registros da polícia e entrevistas com seus integrantes.
Os registros mostram que
policiais à paisana de Nova
York assistiram a reuniões de
grupos políticos, fazendo-se
passar por simpatizantes.
Eles faziam amigos, dividiam
refeições, trocavam mensagens
de e-mail e então redigiam relatórios diários para a Divisão de
Inteligência do departamento.
A partir dessas operações, a
polícia identificou um punhado
de grupos e pessoas que expressaram interesse em criar confusão durante a convenção.
Ambientalistas
Mas os potenciais criadores
de problemas não foram os únicos vigiados. Em centenas de
relatórios carimbados como
"material sigiloso do NYPD"
(Polícia de Nova York), a Divisão de Inteligência registrou
idéias e planos de pessoas que
não tinham intenção aparente
de infringir a lei.
Entre elas estavam membros
de companhias de teatro de
rua, grupos de igrejas e organizações de combate à violência,
além de ambientalistas e opositores da pena de morte, da globalização e de outras políticas
governamentais.
Christopher Dunn, diretor
jurídico da União de Liberdades Civis de Nova York, que representa sete das 1.806 pessoas
detidas durante a convenção,
disse que a polícia de Nova
York ultrapassou o permitido
pela lei com seu programa de
vigilância. "A polícia não tem
autoridade para espionar atividades políticas legítimas, e esse
programa amplo do NYPD foi
errado e ilegal", disse Dunn.
Tradução de CLARA ALLAIN
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