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ORIENTE MÉDIO
Egito reprime protesto contra votação que reforça ditadura
DA REDAÇÃO
Tropas de choque da polícia egípcia reprimiram manifestação de rua, ontem no
Cairo, e prenderam 19 oposicionistas que protestavam
contra o plebiscito marcado
para hoje, pelo qual o ditador
Hosni Mubarak tentará ampliar seus poderes.
Se aprovadas, as emendas
constitucionais permitirão
que Mubarak dissolva o Parlamento e enfraqueça a supervisão judicial das eleições. O texto ainda proíbe
"partidos religiosos", o que
atinge a Irmandade Muçulmana, que dispõe de um
quinto do Parlamento.
Outro dispositivo permite
que a polícia não comunique
ao Judiciário a prisão de suspeitos por terrorismo.
A secretária de Estado
americana, Condoleezza Rice, havia criticado os efeitos
antidemocráticos da reforma. Mas disse ontem que as
emendas têm "altos e baixos"
e que não daria conselhos a
Mubarak.
Questão palestina
Rice, que esteve em Ramallah (Cisjordânia) com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud
Abbas, recomendou ontem
que Israel e os palestinos fixem uma pauta conjunta de
negociações que permita a
formação de um Estado.
Ela não levou em consideração a objeção do governo
israelense de não negociar
com Abbas enquanto ele estiver associado ao grupo radical islâmico Hamas no
mesmo governo.
Rice também procura obter o apoio de regimes árabes
moderados. Mas a Arábia
Saudita reiterou que a Liga
Árabe não reformulará a
proposta de paz de 2002, pela qual as relações com Israel
só se normalizariam se fossem devolvidos os territórios
ocupados em 1967.
Com agências internacionais
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