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SUCESSÃO NOS EUA / CRISE ECONÔMICA
McCain critica ajuda federal a devedores
Senador se opõe a pré-candidatos democratas, que defendem apoio do governo para quem não consegue pagar hipoteca
Para o republicano, "não é dever do Estado salvar ou recompensar" quem não teve responsabilidade e contraiu dívidas arriscadas
DA REDAÇÃO
Em claro contraste com seus
rivais democratas, o republicano John McCain pediu cautela
ao governo ao agir contra a crise imobiliária e não propôs pacotes de ajuda aos cidadãos que
correm o risco de perder suas
casas. "Não é dever do governo
salvar ou recompensar aqueles
que agem irresponsavelmente,
seja grandes bancos ou os que
fazem pequenos empréstimos", afirmou o candidato à
Presidência dos EUA em discurso a pequenos empresários
em Santa Ana (Califórnia).
Seus comentários chegam
um dia após a pré-candidata
democrata Hillary Clinton defender um repasse de US$ 30
bilhões a Estados para evitar a
perda de casas -mesmo valor
usado pelo Fed, o banco central
americano, para salvar o banco
de investimentos Bear Stearns,
há 12 dias.
O rival da ex-primeira-dama
pela indicação democrata, Barack Obama, já havia proposto
uma intervenção similar, com
US$ 10 bilhões em ajuda.
A economia é a maior preocupação dos americanos para
as eleições. Grande parte dos
afetados pela crise é de proprietários que têm hipotecas de alto
risco (com crédito"subprime"),
cujas parcelas iniciais são baixas e aumentam gradualmente.
Vários se endividaram além de
suas posses e agora não conseguem honrar pagamentos.
Para McCain, "assistência
governamental ao setor bancário deve se basear apenas na
prevenção de risco sistêmico
que poria a perigo todo o sistema financeiro". Ele defendeu
que, em vez do governo, empresas facilitem a recuperação dos
que estão com dificuldades para pagar hipotecas.
McCain ainda criticou os
americanos que "contraíram
dívidas que não podiam pagar".
Segundo o senador, há apenas 4
milhões, dentre 55 milhões de
proprietários com hipotecas,
que não conseguem honrar
seus compromissos. "[Há] 51
milhões fazendo o que é preciso
-trabalhando em dois empregos, cancelando férias e gerenciando o orçamento- para deixar os pagamentos em dia."
Ao final, ele moderou o tom,
dizendo-se aberto e sugerindo
que pacotes de ajuda devem ser
breves e excluir especuladores .
A fala já atraiu críticas.
"McCain prometeu a mesma
falta de envolvimento que Bush
usou para nos levar a essa crise", afirmou Howard Dean, líder do Partido Democrata.
Obama, que está de férias nas
Ilhas Virgens, disse que focará
na economia assim que retornar à campanha.
Com agências internacionais
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