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Oposição a Morales toma sede de governo em Sucre
Forças Armadas prometem processar "separatistas"
DA REDAÇÃO
Um grupo de estudantes e
oposicionistas tomou ontem a
sede de governo do departamento boliviano de Chuquisaca, cuja capital é Sucre, para impedir a entrada do governador
interino nomeado pelo presidente Evo Morales. La Paz denunciou os ataques a meios de
imprensa estatais.
TVs locais mostraram jovens
com rosto coberto e outros manifestantes perseguindo funcionários do governo nas ruas
da cidade histórica, a 720 km de
La Paz. O governo prometeu
ação da Polícia Nacional, se
preciso, mas não havia dados
sobre detidos ou feridos.
O grupo, ligado ao oposicionista Comitê Interinstitucional, que reúne empresários e líderes locais, não reconhece
Ariel Iriarte, escolhido por La
Paz para comandar Chuquisaca
até nova eleição, em junho. O
comitê promoveu um "cabildo"
(assembléia popular) para aclamar como governadora a líder
camponesa Sabina Cuéllar.
É mais um capítulo da arrastada crise política, que teve um
de seus episódios mais agudos
em novembro de 2007, em Sucre, então sede da Constituinte.
Os sucrenhos, insuflados pela
oposição a Morales, exigiam
que a nova Constituição reconhecesse a cidade como "capital plena" da Bolívia, e não só
sede do Judiciário. Os governistas, num mau cálculo político, vetaram a discussão.
Confrontos entre a polícia e
manifestantes deixaram três
mortos. O então governador,
David Sánchez, fugiu. Desde
então, Chuquisaca convive com
governos interinos num clima
de mobilização contra Morales.
Juntou-se aos líderes oposicionistas de Santa Cruz, Pando,
Beni e Tarija para pedir autonomia em relação a La Paz.
A comissão eleitoral considerou ilegais os referendos regionais de autonomia convocados,
mas os oposicionistas mantém
as consultas para maio e junho.
Anteontem o comandante das
Forças Armadas, Luis Trigo,
voltou a dizer que processará
"pela via militar ou civil" os "separatistas".
Com agência internacional
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