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entrevista
Chanceler russo diz ter esperança quanto a Obama
CHARLES CLOVER
E STEFAN WAGSTYL
DO "FINANCIAL TIMES"
Serguei Lavrov, ministro
do Exterior da Rússia, diz
que a melhora no relacionamento com os EUA cria esperanças de progresso quanto ao controle de armas nucleares e outras questões, às
vésperas do encontro dos
presidentes Barack Obama e
Dmitri Medvedev no dia 1º
de abril, durante a cúpula do
G20, em Londres.
Em entrevista, Lavrov sugeriu que os EUA estavam
deixando para trás as políticas de confronto do governo
Bush. "Quanto a quase todas
as questões problemáticas
que herdamos dos últimos
oito anos, minha informação
é a de que o governo Obama
está empreendendo uma revisão, o que nos agrada."
Sentado em seu escritório
no Ministério do Exterior
russo, uma construção da era
stalinista, Lavrov falava com
a autoridade discreta de um
diplomata profissional. "Há
sempre lugar para a esperança e, quando ouvimos de
Washington sinais de que
eles desejam "reiniciar" nosso
relacionamento, promover
um envolvimento construtivo, recebemos com agrado."
Houve poucas mudanças
substantivas de política no
relacionamento entre Rússia
e EUA, mas o tom positivo de
parte a parte pode ajudar a
criar mais terreno comum
em um relacionamento desgastado até quase o ponto de
ruptura pelo conflito entre
Rússia e Geórgia, em agosto
passado, no qual Washington se alinhou a Tbilisi.
Os dois países também discordam sobre os planos americanos para a instalação de
um escudo antimísseis no
Leste Europeu. Quanto ao
apoio de Moscou ao Irã, que
Lavrov definiu como "um vizinho e um parceiro histórico" da Rússia, ele reiterou
sua oposição ao uso da força
contra o programa nuclear
iraniano. "Acredito que não
exista solução violenta para
esse problema", afirmou.
Lavrov também reiterou a
hostilidade de Moscou à expansão da Otan (aliança militar ocidental) a países que
um dia foram parte da URSS.
"Com a mais recente expansão, as pessoas da Europa se
sentem mais seguras?"
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