São Paulo, quinta-feira, 26 de abril de 2007

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EQUADOR

Seis deputados da oposição pedem proteção à Colômbia

DA REDAÇÃO

Seis deputados equatorianos fugiram ontem para a Colômbia, após terem sua prisão pedida por uma promotora. Os seis fazem parte de um grupo de 57 congressistas da oposição que haviam sido destituídos no início de março pelo Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), sob a acusação de obstruir a organização do referendo sobre a convocação de uma Assembléia Constituinte. Os deputados se dizem "perseguidos políticos".
Na segunda-feira, 50 deles foram beneficiados por uma decisão do Tribunal Constitucional (TC) que lhes devolveu o mandato -mas, no dia seguinte, o Congresso destituiu os juízes do TC, sob o argumento de que seus mandatos acabaram em janeiro.
Os deputados negaram que tenham pedido asilo à Colômbia. Segundo o grupo, eles fizeram apenas um pedido de proteção. A deputada Gloria Gallardo disse que um total de 22 deputados chegaria a Bogotá ontem. O presidente colombiano, Alvaro Uribe, que já tem relações estremecidas com o presidente equatoriano, Rafael Correa, afirmou desconhecer formalmente o pedido de asilo.
O ministro da Política do Equador, Fernando Bustamante, disse que seu governo "lamentaria" se a Colômbia concedesse asilo político, afirmando que "não existem bases para que [os deputados] sejam considerados perseguidos".
Correa pediu que o pedido de prisão dos 24 deputados seja retirado. A OEA disse que estuda enviar observadores para avaliar as condições políticas do país. A crise entre os Poderes não afetou a popularidade do presidente esquerdista equatoriano, que ontem, 100º dia do seu governo, chegou a 76%. A convocação da Constituinte, promessa de campanha de Correa, foi aprovada no referendo, no último dia 15, por mais de 80% dos votos.


Com agências internacionais


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