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Para agradar a Congresso, Obama reforça a segurança na fronteira
Presidente promete enviar 1.200 homens da Guarda Nacional à violenta divisa com o México
Objetivo é atrair apoio de republicanos ao projeto de reforma migratória em debate no Legislativo dos EUA
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
O presidente dos EUA, Barack Obama, enviará 1.200
homens da Guarda Nacional
para reforçar temporariamente a segurança da cada
vez mais violenta fronteira
com o México, afirmou a Casa Branca ontem.
Obama também solicitará
US$ 500 milhões ao Congresso para aumentar a proteção
da fronteira e financiar operações contra o tráfico de
drogas, armas e pessoas.
A notícia veio à tona após
reunião entre o presidente e
senadores republicanos.
O governo tenta conseguir
apoio republicano para uma
reforma migratória ampla.
Os congressistas exigiam aumento da segurança na fronteira antes de discutir o tema.
O presidente cedeu, mas
os legisladores querem mais.
Foi apresentada na tarde de
ontem por republicanos no
Senado uma emenda para
destacar US$ 2 bilhões para a
segurança da fronteira.
O senador republicano
John McCain (Arizona) disse
que a situação da região "se
deteriorou gravemente nos
últimos 18 meses" e pediu o
envio de 6.000 homens.
O governo reagiu.
Em carta ao Senado, James
Jones, conselheiro de segurança da Casa Branca, e John
Brennan, assessor para segurança doméstica, disseram
que "[a emenda] representa
uma interferência indevida
com a responsabilidade do
comandante em chefe de direcionar destacamentos das
Forças Armadas".
"Decisões sobre o uso [da
Guarda Nacional] têm impacto em outras atividades,
inclusive no Iraque e no Afeganistão."
Os enviados deverão trabalhar em inteligência, vigilância, análise e treinamento, além de apoiar ações contra o tráfico de drogas.
Destacamento do tipo já
havia sido feito em 2006, no
governo George W. Bush. Hoje há ainda 340 membros da
guarda na região.
Os reforços chegam em
meio à forte reação pública a
dois acontecimentos no Arizona: o assassinato de um fazendeiro -supostamente
por imigrantes ilegais- e a
aprovação de uma dura lei
contra a imigração ilegal.
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