São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2010

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Para agradar a Congresso, Obama reforça a segurança na fronteira

Presidente promete enviar 1.200 homens da Guarda Nacional à violenta divisa com o México

Objetivo é atrair apoio de republicanos ao projeto de reforma migratória em debate no Legislativo dos EUA


ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Barack Obama, enviará 1.200 homens da Guarda Nacional para reforçar temporariamente a segurança da cada vez mais violenta fronteira com o México, afirmou a Casa Branca ontem.
Obama também solicitará US$ 500 milhões ao Congresso para aumentar a proteção da fronteira e financiar operações contra o tráfico de drogas, armas e pessoas.
A notícia veio à tona após reunião entre o presidente e senadores republicanos.
O governo tenta conseguir apoio republicano para uma reforma migratória ampla. Os congressistas exigiam aumento da segurança na fronteira antes de discutir o tema.
O presidente cedeu, mas os legisladores querem mais. Foi apresentada na tarde de ontem por republicanos no Senado uma emenda para destacar US$ 2 bilhões para a segurança da fronteira.
O senador republicano John McCain (Arizona) disse que a situação da região "se deteriorou gravemente nos últimos 18 meses" e pediu o envio de 6.000 homens.
O governo reagiu.
Em carta ao Senado, James Jones, conselheiro de segurança da Casa Branca, e John Brennan, assessor para segurança doméstica, disseram que "[a emenda] representa uma interferência indevida com a responsabilidade do comandante em chefe de direcionar destacamentos das Forças Armadas".
"Decisões sobre o uso [da Guarda Nacional] têm impacto em outras atividades, inclusive no Iraque e no Afeganistão."
Os enviados deverão trabalhar em inteligência, vigilância, análise e treinamento, além de apoiar ações contra o tráfico de drogas.
Destacamento do tipo já havia sido feito em 2006, no governo George W. Bush. Hoje há ainda 340 membros da guarda na região.
Os reforços chegam em meio à forte reação pública a dois acontecimentos no Arizona: o assassinato de um fazendeiro -supostamente por imigrantes ilegais- e a aprovação de uma dura lei contra a imigração ilegal.


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