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MISSÃO NO CARIBE
Diretor da Air France é assassinado a tiros
Brasil assume segurança no Haiti com tropa da ONU ainda reduzida
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Tropas brasileiras começaram
ontem de manhã a patrulhar a capital do Haiti, Porto Príncipe,
substituindo tropas de uma força
multinacional.
Uma cerimônia às 10h (horário
local, 12h em Brasília) marcou a
passagem do comando do general
de marines americano Roland
Coleman para o general-de-divisão brasileiro Augusto Heleno Ribeiro Pereira, comandante das
tropas da Minustah (Missão da
ONU de Estabilização no Haiti).
Em fevereiro passado, uma rebelião contra o hoje exilado ex-presidente Jean-Bertrand Aristide
causou a intervenção internacional. Grupos armados ainda controlam parte do país.
Anteontem foi assassinado a tiros o diretor da Air France Didier
Mortet, quando voltava para casa
vindo do aeroporto. No mesmo
dia, um incêndio no centro de
Porto Príncipe não fez vítimas,
mas a polícia suspeita que possa
ter sido criminoso. Tropas brasileiras ajudaram fazendo um cordão de isolamento.
O premiê Gérard Latortue declarou ontem que suspeita que
partidários de Aristide estejam
querendo desestabilizar o país.
"Nossa missão mais difícil vai
ser o desarmamento", declarou o
general Heleno. A força multinacional tinha 3.500 soldados -de
EUA, França, Canadá e Chile-
para patrulhar um país de 8 milhões de habitantes, 700 mil na capital. Deverão chegar 6.700 soldados e 1.622 policiais civis sob comando da ONU. Mas hoje há menos de 2.000 boinas azuis no Haiti,
dos quais 1.200 são brasileiros.
Com agências internacionais
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