São Paulo, sábado, 26 de junho de 2004

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MISSÃO NO CARIBE

Diretor da Air France é assassinado a tiros

Brasil assume segurança no Haiti com tropa da ONU ainda reduzida

RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Tropas brasileiras começaram ontem de manhã a patrulhar a capital do Haiti, Porto Príncipe, substituindo tropas de uma força multinacional.
Uma cerimônia às 10h (horário local, 12h em Brasília) marcou a passagem do comando do general de marines americano Roland Coleman para o general-de-divisão brasileiro Augusto Heleno Ribeiro Pereira, comandante das tropas da Minustah (Missão da ONU de Estabilização no Haiti).
Em fevereiro passado, uma rebelião contra o hoje exilado ex-presidente Jean-Bertrand Aristide causou a intervenção internacional. Grupos armados ainda controlam parte do país.
Anteontem foi assassinado a tiros o diretor da Air France Didier Mortet, quando voltava para casa vindo do aeroporto. No mesmo dia, um incêndio no centro de Porto Príncipe não fez vítimas, mas a polícia suspeita que possa ter sido criminoso. Tropas brasileiras ajudaram fazendo um cordão de isolamento.
O premiê Gérard Latortue declarou ontem que suspeita que partidários de Aristide estejam querendo desestabilizar o país.
"Nossa missão mais difícil vai ser o desarmamento", declarou o general Heleno. A força multinacional tinha 3.500 soldados -de EUA, França, Canadá e Chile- para patrulhar um país de 8 milhões de habitantes, 700 mil na capital. Deverão chegar 6.700 soldados e 1.622 policiais civis sob comando da ONU. Mas hoje há menos de 2.000 boinas azuis no Haiti, dos quais 1.200 são brasileiros.


Com agências internacionais


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