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Em Haifa, israelenses desafiam maioria para protestar contra conflito
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE HAIFA
Aos poucos, sem destaque
na mídia, a oposição interna à
operação militar israelense
contra o Hizbollah começa a
aparecer. Cerca de 2.000 pessoas já fizeram uma manifestação em Tel Aviv. Agora, um
grupo de Haifa, uma das cidades mais atingidas pelo Hizbollah, está convocando manifestações diárias na região
dos hotéis de luxo da cidade.
Ontem, um ato organizado
pelo movimento Mulheres
contra a Guerra reuniu 40
pessoas no centro. Alguns
que passavam nas proximidades dirigiram insultos aos
participantes da passeata. A
polícia teve que intervir.
A tarefa de protestar contra
a ofensiva israelense é difícil,
pois a visão em Israel é de que
a guerra é justa e tem apoio de
80% da população. "Essa
guerra só serve aos interesses
dos EUA, que está usando Israel para combater uma milícia do Irã, e do militares israelenses, que temem cortes no
Orçamento", afirma Dalit
Simchai, integrante do movimento, durante um ato realizado em Haifa no domingo.
Durante a manifestação do
domingo, as sirenes de alerta
tocaram duas vezes. Metade
das participantes correram
em busca de proteção.
"Olha lá, o Nasrallah está
mandando lembranças para
vocês, que o apóiam", grita
um israelense.
Depois que o perigo passa,
as mulheres voltam a se reunir e a mostrar mensagens
em hebraico, inglês e árabe.
"Na guerra do Líbano (1982),
a oposição começou pequena
e foi crescendo, até virar um
dos maiores movimentos da
história de Israel. Agora também será assim."
(MG)
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