São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 2011

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Obama e líder republicano fazem 'duelo de discursos' na televisão

DE WASHINGTON

O presidente Barack Obama e o líder da Câmara, John Boehner, trocaram acusações no horário nobre da TV sobre a responsabilidade pela crise em que os EUA submergem, entrincheirando ainda mais seus partidos em posições opostas a uma semana de estourar a dívida do governo.
Ao longo do dia, republicanos e democratas apresentaram propostas unilaterais. "Arriscamos detonar uma crise econômica ainda mais profunda -causada quase totalmente por culpa de Washington", disse Obama em discurso que citou o presidente e ícone republicano Ronald Reagan (1981-1989) para chamar a oposição a agir. O presidente enfatizou as consequências de um calote para o americano comum, como alta de juros, e exortou a população a ligar para políticos e exigir o fim do impasse.
Logo após, John Boehner, líder da maioria republicana na Câmara, disse que Obama quer um "cheque em branco" para elevar impostos e manter programas sociais dispendiosos. "Não vai acontecer."
Os dois partidos se digladiam há semanas em entrevistas, discursos à nação e comerciais. O pronunciamento de ontem coroa esse clima, e é a quinta vez que Obama aborda o tema em rede nacional neste mês, entre pronunciamentos e entrevistas. Na próxima terça, vence o prazo para os EUA elevarem o teto da dívida e aprovarem ajustes no Orçamento, sob risco de calote. Apesar do consenso de que isso afetará a economia já em crise, a negociação corre sem diálogo.
Boehner propusera duas etapas de votação: uma já, que daria fôlego de caixa ao governo até o início de 2012 em troca de cortes de US$ 1,2 trilhão, e outra no ano que vem, para extensão de mais um ano e corte de US$ 1,8 trilhão, sem subir impostos. Obama, porém, rejeita soluções provisórias -2012 é ano eleitoral- e quer combinar elevação da arrecadação (impostos) aos cortes sociais.
O líder democrata no Senado, Harry Reid, propôs ajustes de US$ 2,7 trilhões para esticar a dívida até 2013 -sem impostos, mas sem cortes sociais mais profundos.
(LC)


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