São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 2002

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IRAQUE

Ataque foi contra radares

Aviões ocidentais matam 8 e ferem 9

DA REDAÇÃO

Oito pessoas morreram e nove ficaram feridas ontem quando aviões dos EUA e/ou do Reino Unido bombardearam alvos no sul do Iraque, segundo um porta-voz militar iraquiano.
Em comunicado transmitido pela agência de notícias iraquiana INA, ele disse que "o inimigo atacou instalações civis na província de Basra [a 549 km de Bagdá", matando oito pessoas e ferindo outras nove". As defesas do Iraque atiraram contra os aviões, que voltaram às suas bases no Kuwait, afirmou.
O Reino Unido disse que os aviões atacaram radares depois que uma aeronave foi ameaçada. Segundo o Comando Central dos EUA, "aviões usaram armas de precisão para atacar dois sistemas de radares de defesa".
Pilotos norte-americanos e britânicos policiam duas zonas de exclusão aérea no norte e no sul do Iraque estabelecidas após a Guerra do Golfo, em 1991, mas que não são reconhecidas por Bagdá. Elas foram impostas para proteger um encrave curdo no norte e muçulmanos xiitas no sul.
Os ataques na região aumentaram nos últimos meses em meio a ameaças do presidente dos EUA, George W. Bush, de derrubar Saddam Hussein. Os EUA acusam Bagdá de desenvolver armas químicas, nucleares e biológicas.
Ontem, o ex-secretário de Estado republicano James Baker entrou na discussão sobre se os EUA deveriam ou não atacar o Iraque. Em artigo publicado no "The New York Times", ele sugeriu que se priorize o envio de inspetores de armas da ONU ao país sob a ameaça de uso da força militar.
Baker, que participou da formação da primeira coalizão anti-Saddam na Guerra do Golfo, é a mais recente figura pública a expressar reservas quanto a uma ação unilateral dos EUA. Para ele, os EUA deveriam se aproximar da ONU. "Buscar nova autorização agora é necessário e ajudará a construir apoio internacional", disse.


Com agências internacionais


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