|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Oposição critica alterações em regra eleitoral
DE CARACAS
A supermaioria na atual
Assembleia Nacional da
Venezuela rendeu ao governo duas mudanças nas
leis eleitorais que podem
ser decisivas para que Hugo Chávez mantenha
maioria qualificada na Casa nas eleições de hoje.
O Parlamento aprovou
regra dando empurrão ao
caráter majoritário do sistema, e, logo depois, o
CNE (Conselho Nacional
Eleitoral), dominado por
simpatizantes do chavismo eleitos pela Assembleia, redesenhou 8 distritos dos 24 Estados.
Analistas afirmam que
as mudanças fariam a oposição perder 12 cadeiras se
o parâmetro tomado for a
votação do referendo da
reeleição de 2009.
Pela lei, 68% dos deputados serão eleitos nominalmente (contra 60% anteriormente), dificultando
o caminho das minorias.
"A mudança não é inconstitucional. A Carta de
1999 fala de voto na pessoa
e voto proporcional, mas
não fixa percentagens",
diz o especialista espanhol
Ruben Dalmau, que foi
consultor da Constituinte
venezuelana. "Eu preferiria um sistema com maior
peso proporcional, mas na
Europa há países em que
acontece o mesmo."
A oposição martela que
o governo aumentou o peso dos Estados menos desenvolvidos e povoados,
onde tem maior apoio -reclamação semelhante aos
dos Estados do Sudeste
brasileiro frente ao Norte.
Mas a distribuição de cadeiras não mudou.
Desde 1999, com a criação do Parlamento unicameral, cada Estado conta
ao menos com dois deputados. O que afeta opositores é que seus votos têm se
concentrado nas principais zonas urbanas.(FM)
Texto Anterior: Votação na Venezuela evoca a do Brasil Próximo Texto: Resumo Índice | Comunicar Erros
|