DA REDAÇÃO

A faixa de Gaza, segundo o plano inicial da partilha da ONU em 1947, seria parte do futuro Estado palestino, que deveria ser criado no ano seguinte, junto com o Israel.
Os países árabes não concordaram com a criação de Israel ao lado do território palestino e atacaram os israelenses. Israel saiu vencedor da guerra, mas a faixa de Gaza foi incorporada pelo Egito -a Cisjordânia ficou para a Jordânia.
Em 1967, em outra guerra árabe-israelense, Israel conquistou a faixa de Gaza e a Cisjordânia, além do Sinai (território egípcio) e das colinas do Golã, da Síria.
Desde então, Israel começou a erguer assentamentos nessas regiões, especialmente na Cisjordânia e na faixa de Gaza.
Como parte dos acordos de paz com o Egito em Camp David (EUA), Israel se retirou do Sinai nos anos 80.
Hoje vivem na faixa de Gaza cerca de 8.000 colonos judeus, em 21 assentamentos, em meio a uma população palestina de mais de 1,4 milhão. Na Cisjordânia vivem cerca de 220 mil colonos judeus. Mesmo se a retirada for aprovada, Israel deverá manter o controle sobre as fronteiras, a costa e o espaço aéreo de Gaza. As incursões militares após ataques de mísseis e atentados terroristas também não terminarão.
Gaza é a maior base do grupo terrorista Hamas, e a popularidade do líder palestino Iasser Arafat na região é inferior à de que ele goza na Cisjordânia.


Texto Anterior: Oriente Médio: Israel decide hoje se sai da faixa de Gaza
Próximo Texto: A esquerda com Sharon: Premiê é a única saída, diz deputado pacifista
Índice