São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2008

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SUCESSÃO NOS EUA/ CAMPOS DE BATALHA

McCain está nas mãos de quatro Estados

Republicano depende dos votos de Ohio e Virgínia, onde Obama lidera, e da Carolina do Norte e da Flórida, onde há empate

Democrata está à frente nas pesquisas de intenção de voto, mas não assegurou vitória no Colégio Eleitoral, que elege o presidente


Chip Somodevilla - 22.out.08/France Presse
Partidários de McCain em comício do republicano e sua vice, Sarah Palin, em Cincinnati, Ohio; candidato tenta recuperar perdas

SÉRGIO DÁVILA
ENVIADO ESPECIAL A OHIO E VIRGÍNIA

Há algumas semanas, David Plouffe, coordenador da campanha de Barack Obama, disse que pesquisas nacionais da corrida presidencial americana não importavam. Naquele momento, seu candidato estava em empate técnico com John McCain. Hoje, Plouffe aponta orgulhoso que o democrata abriu mais de 7 pontos percentuais sobre o republicano.
Mas as pesquisas nacionais continuam não importando. São um instantâneo do ânimo popular, e, nelas, a vantagem de Obama é clara. Só que a eleição presidencial americana é decidida nos 50 Estados e pela soma dos votos no Colégio Eleitoral que cada um deles dá ao vencedor nos pleitos locais. E o fato é que, a dez dias da votação, nem Obama nem John McCain têm garantidos os 270 votos necessários para essa vitória.
No principal site agregador de pesquisas, o Real Clear Politics, Obama está na frente no Colégio. Tem 259 votos "sólidos" -ou seja, em que a vantagem do democrata escapa com folga da margem de erro das pesquisas- e 47 "pendentes" -quer dizer, a vantagem do senador democrata pouco sai do empate técnico. Já seu concorrente tem 137 "sólidos" e 20 "pendentes". Há 75 votos estaduais "empatados".
Quando nomes são dados aos números, percebe-se que o destino do republicano no dia 4 de novembro se esconde principalmente em quatro lugares: Flórida e Carolina do Norte, os dois Estados mais ricos em votos que ainda são considerados empatados, e Ohio e Virgínia, os dois maiores que hoje tendem a Obama e onde o republicano teria de tentar virar o jogo.
Desses, o mais cobiçado é a Flórida; o mais inconstante, Ohio; e o mais surpreendente, a Virgínia. A Folha esteve nos três, e relata as oscilações de seus eleitorados nos textos das próximas páginas.


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