São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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Para Cristina, jornais na Argentina são "carcarás"

Diários explorariam assassinato de ativista

GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

A presidente argentina, Cristina Kirchner, chamou os jornais "Clarín" e "La Nación" de "carcarás midiáticos" e acusou-os de uso político da morte do militante esquerdista Mariano Ferreyra.
As declarações, pelo Twitter, vieram depois de os veículos publicarem fotos em que ministros aparecem ao lado de um homem suspeito de ter matado Ferreyra, 23.
O militante foi morto a tiros, na semana passada, durante um protesto trabalhista de ferroviários terceirizados, reprimido violentamente por um grupo supostamente vinculado ao sindicato do setor.
Além de causar comoção popular, o caso gerou uma forte pressão política em torno do governo, que foi acusado de tolerar a violência sindical em troca de apoio dos dirigentes.
A presidente usou o termo "caranchos" -como o carcará é chamado na Argentina- e logo explicou que se trata de um "pássaro associado à morte, que também come carne podre".
As fotos publicadas mostram o ministro da Economia, Amado Boudou, e o da Educação, Alberto Sileoni, com Cristian Favale, que se entregou anteontem à polícia depois de ter prisão decretada por supostamente ter atirado contra o militante.
Conforme Cristina, as fotos são "ocasionais" e foram tiradas em um encontro aberto ao público realizado rotineiramente na Casa Rosada.

OEA
A Bolívia participou ontem de uma audiência da Organização dos Estados Americanos sobre sua polêmica lei que proíbe a publicação de notícias "racistas".
A imprensa local teme que a lei sirva de pretexto para o governo praticar censura.


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