São Paulo, sexta-feira, 26 de novembro de 2004

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IRAQUE SOB TUTELA

Grupo de Zarqawi reivindica assassinato de diplomata dos EUA

Sunitas querem atrasar as eleições

DA REDAÇÃO

Líderes políticos sunitas estão aumentando a pressão pelo adiamento das eleições legislativas no Iraque, marcadas para janeiro. Ontem, o Partido Islâmico Iraquiano, principal agremiação política sunita do país, ameaçou boicotar o pleito caso não seja remarcado para o segundo semestre.
Também aderiu ao movimento Adnan Pachachi, ex-ministro do extinto Conselho de Governo Iraquiano. Ele disse que o atraso das eleições em três meses ou mais permitirá que clérigos sunitas sejam convencidos a retirar seu pedido de boicote ao pleito. Anteontem, oito grupos sunitas já haviam pedido o adiamento.
Cerca de 20% da população do Iraque segue o ramo sunita do islã, e 60%, o xiita. Muitos sunitas crêem, portanto, que as eleições darão o poder aos xiitas. Apesar de minoritários, os sunitas estiveram em situação mais favorável durante o regime do ex-ditador Saddam Hussein, que é sunita.

Diplomata morto
A embaixada americana informou que um de seus diplomatas foi morto na quarta-feira. O grupo do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi reivindicou o atentado contra James Mollen, 48, que trabalhava como conselheiro do Ministério da Educação iraquiano. Foi também anunciada a prisão de um auxiliar de Zarqawi em Mossul (norte) há três dias.
O Exército dos EUA afirmou ter localizado "o maior esconderijo de armas em Fallujah (a oeste de Bagdá)". O arsenal foi encontrado dentro de uma mesquita.
O secretário para a Segurança Nacional do Iraque, Qassem Dawoud, também anunciou a descoberta em Fallujah de um laboratório para a fabricação de bombas químicas -apesar de os americanos terem manifestado ceticismo quanto a essa possibilidade.
Dawoud ainda afirmou que as operações militares das forças americanas e iraquianas em Fallujah a partir do dia 8 deste mês resultaram em um total de mais de 2.085 mortos e mais de 1.600 detidos. Anteriormente o comando militar americano havia dito que o número de insurgentes mortos era de 1.200.


Com agências internacionais


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