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ORIENTE MÉDIO
Líder do grupo terrorista palestino Jihad Islâmico está entre os mortos; suicida se explode em ponto de ônibus israelense
Israel mata 5; terrorista palestino mata 4
DA REDAÇÃO
Um terrorista suicida palestino
se explodiu num ponto de ônibus
perto de Tel Aviv, matando quatro israelenses. Pouco antes, helicópteros de Israel mataram em
Gaza um dos principais líderes do
grupo terrorista Jihad Islâmico e
ao menos mais quatro palestinos.
Os ataques puseram fim a mais
de dois meses de relativa calma,
um período que reanimara os esforços para retomar as negociações de paz entre israelenses e palestinos em torno de plano dos
EUA para encerrar mais de três
anos de Intifada -a revolta palestina contra a ocupação israelense.
Uma ação israelense em Gaza
nesta semana já havia deixado nove palestinos mortos.
A Frente Popular para a Libertação da Palestina assumiu a responsabilidade pelo atentado em
Israel. "É a primeira operação de
uma série de retaliações [por um
ataque de Israel em Nablus, na
Cisjordânia, há uma semana]. Juramos causar um terremoto na
entidade sionista", disse comunicado do grupo terrorista.
O chefe da polícia de Israel disse
que o homem-bomba matou
mais três pessoas e deixou 16 feridos em um ponto de ônibus perto
de Petah Tikvah. A explosão ocorreu na hora do rush e paralisou o
trânsito numa das mais movimentadas estradas israelenses.
No último grande atentado suicida contra Israel, em 4 de outubro, um homem-bomba palestino causou 23 mortes num restaurante lotado, em Haifa.
O governo israelense disse que,
apesar dos ataques, espera a retomada das negociações com os palestinos para a realização de um
encontro entre os premiês Ariel
Sharon (israelense) e Ahmed Korei (palestino). Sharon ameaça
uma retirada limitada e unilateral
de áreas palestinas em meses se o
processo de paz não avançar.
"A atual situação demonstra o
perigo da falta de negociações",
disse Avi Pazner, porta-voz de Israel. "Sharon está disposto a reunir-se com Ahmed Korei, mas as
dúvidas vêm da parte palestina."
Korei condenou ontem o ataque israelense em Gaza e o ataque
suicida em Israel e pediu um imediato cessar-fogo dos dois lados
para a retomada do diálogo. Ele
havia suspendido as negociações
para seu encontro com Sharon
após a ação de Israel em Gaza no
início da semana.
Korei exige que Israel pare a
construção de uma barreira na
Cisjordânia que anexa áreas palestinas a seu território. Segundo
o país, ela servirá para impedir a
entrada de terroristas.
Pouco antes do atentado suicida, helicópteros israelenses mataram Meqbel Hmaid, líder da ala
armada do Jihad Islâmico e importante membro da hierarquia
do grupo, cujo objetivo é a destruição de Israel. Três civis e outro
membro do Jihad foram mortos
no ataque.
Centenas de combatentes do Jihad, que foram ao necrotério velar seu líder militar, prometeram
vingança e dispararam tiros para
cima, gritando "Deus é grande",
quando souberam da explosão
perto de Tel Aviv. "Deus se vingou", gritavam.
Os grupos terroristas palestinos
resistem aos esforços de Korei e
do Egito por um cessar-fogo com
Israel para a retomada do plano
de paz dos EUA, que prevê o combate ao terror e a criação de um
Estado palestino até 2005.
Israel usou helicópteros para localizar e matar dezenas de terroristas envolvidos no levante palestino, mas esse foi o primeiro ataque do tipo em Gaza, bastião de
grupos terroristas como o Hamas
e o Jihad, em mais de dois meses.
Israel diz que a recente calmaria
é uma ilusão e que evitou cerca de
25 atentados suicidas recentemente, detendo os terroristas antes que chegassem ao país.
Com agências internacionais
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