São Paulo, sábado, 26 de dezembro de 2009

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AMÉRICA DO SUL

Ainda sob ameaça, TV crítica a Correa volta ao ar no Equador

DA REDAÇÃO

A Teleamazonas, um dos principais canais privados de TV do Equador, retomou ontem suas transmissões após três dias fora do ar em cumprimento a uma sanção do governo por "veiculação de informações incorretas".
Crítica ao governo do esquerdista Rafael Correa, a TV pode, contudo, sair do ar novamente, por responder a outro processo administrativo, o quarto em 2009, na estatal Supertel (Superintendência de Comunicações).
A última sanção foi o auge de uma guerra de nervos que se arrasta desde 2008, quando a nova Constituição equatoriana vetou a participação do setor financeiro em meios de comunicação. Por isso, a Teleamazonas, do Banco del Pichincha, tem menos de um ano para trocar de dono.
A Supertel já abrira dois processos contra a Teleamazonas -um por veicular touradas em horário nobre e outro por denunciar possíveis fraudes eleitorais.
O terceiro veio em maio, por notícia sobre supostos prejuízos a pescadores pelas atividades da petroleira estatal venezuelana PDVSA.
Baseada na atual lei de rádio e TV do país, que pune a difusão de "notícias baseadas em suposições que possam produzir prejuízo ou comoções sociais ou públicas", a Supertirou a TV do ar.
A medida veio quando o Legislativo discute nova regulação para o setor, vista pela oposição como tentativa de controlar a mídia.
A Teleamazonas responde ainda a um quarto procedimento, por entrevistar um opositor que divulgou gravação na qual Correa fala sobre supostas alterações na Constituição após sua aprovação.


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