|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Novo premiê paquistanês barganha com guerra ao terror
DA REDAÇÃO
O novo premiê do Paquistão,
Yousaf Raza Gilani, disse ontem que seu país continuará a
combater o terrorismo, mas
que a questão será abordada
"de maneira coletiva", e que o
desenvolvimento econômico
das áreas de fronteira com o
Afeganistão "é fundamental
para enfrentar os extremistas".
A afirmação foi feita em audiência com o número dois do
Departamento de Estado, John
Negroponte, e o secretário-assistente para a Ásia, Richard
Boucher. Eles buscam em Islamabad um compromisso do
novo governo civil de manter a
política antiterrorista aplicada
pelo ditador Pervez Musharraf,
que permanece agora enfraquecido na chefia do Estado.
A referência de Gilani ao "desenvolvimento econômico"
pressupõe que repasses americanos não sejam apenas encaminhados para equipar o Exército local na luta contra a Al
Qaeda e o Taleban. No ano passado, Washington prometeu
US$ 750 milhões, mas o dinheiro não foi enviado. Desde 2001,
Musharraf recebeu US$ 10 bilhões para tarefas militares.
Para não deixar dúvida de
que o enfoque do problema
mudou, Gilani pediu a sua assessoria que divulgasse um telefonema de George W. Bush,
na véspera, no qual o premiê
enfatizou a necessidade de
"combinar uma abordagem política [do combate ao terrorismo] com programas de desenvolvimento". A questão, disse
Gilani, será discutida no Parlamento, eleito em fevereiro.
"As relações com os EUA serão a partir de agora bem mais
complexas", disse o cientista
político paquistanês Rasul
Bakhsh Rais. "O centro de poder mudou", aludiu ele ao ditador, cujos aliados foram derrotados nas urnas em fevereiro.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Bagdá dá ultimato a milícias xiitas Próximo Texto: Venezuela: Justiça nega a RCTV volta de concessão Índice
|