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Paquistão anuncia ter matado 30 em ataque contra o Taleban
DA REDAÇÃO
Uma violenta ofensiva lançada ontem pelo Paquistão contra o grupo fundamentalista islâmico Taleban deixou pelo
menos 31 mortos -1 soldado e
30 militantes- no noroeste do
país. O ataque, que contou com
o apoio de helicópteros, ocorreu em Lower Dir, um dos sete
distritos de Malakand.
Em Kaladag, houve troca de
tiros, e dezenas de insurgentes
morreram, entre eles "um importante comandante", afirmou ontem o Exército paquistanês. Trata-se, segundo o Exército, de Maulana Shahid,
responsável pelo comando do
Taleban em Lower Dir.
Outros oito milicianos morreram quando o Exército bombardeou o colégio islâmico em
que se encontravam. No mesmo ataque, um soldado morreu
e quatro ficaram feridos.
Um comunicado do governo
afirmou que a operação ocorreu a pedido do governo provincial e da população local,
mas não detalhou sua duração
nem sua extensão.
Já o porta-voz do Taleban na
região condenou o ataque por
considerar que violou o acordo
para a aplicação da "sharia" (lei
islâmica), mas disse que o grupo não deixará as armas. O Taleban ficou no poder no Afeganistão de 1996 até ser derrubado pelas forças internacionais
lideradas pelos EUA, em 2001.
Pressão
O Paquistão chegara a um
acordo com o Taleban sobre a
aplicação da lei, para dar fim
aos ataques no vale do Swat.
Mas vem sofrendo pressão dos
países ocidentais para anular o
acordo, que permitiu ao grupo
aumentar a influência regional.
A ofensiva em Lower Dir
ocorreu após o presidente Asif
Ali Zardari haver agendado, para o início de maio, encontro
com o americano Barack Obama. Na semana passada, a secretária de Estado dos EUA,
Hillary Clinton, afirmou que o
Paquistão havia "praticamente
desistido ante o Taleban".
Autoridades paquistanesas,
contudo, negam que os ataques
respondam à pressão externa.
Com agências internacionais
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