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Eleito quer rever relação distante com o Brasil
DO ENVIADO ESPECIAL À COLÔMBIA
A relação distante entre os governos do Brasil e da Colômbia
nos últimos quatro anos, com o
atual presidente Andrés Pastrana,
deverá ser revista com a vitória de
Alvaro Uribe. Segundo a Folha
apurou, Uribe já enviou sinais à
diplomacia brasileira de que, se
eleito, pretenderia intensificar o
contato entre os dois países.
Uribe estaria descontente com a
orientação dada por Pastrana à
diplomacia colombiana, baseada
principalmente nas relações com
os EUA, principais financiadores
do Plano Colômbia, de combate
ao narcotráfico, e com a Europa,
que teve papel importante durante o processo de paz com as Farc.
O governo brasileiro manteve
uma posição crítica em relação à
possibilidade de que o Plano Colômbia permitisse uma ingerência militar americana na região. O
Brasil também não participou do
grupo de dez países "facilitadores" do processo de paz, escolhidos em comum acordo pelas Farc
e pelo governo colombiano.
Brasil e Colômbia têm uma
fronteira comum de 1.600 km, numa região de selva cujo policiamento é dificultado pelas condições geográficas. Caso o conflito
colombiano se agrave, teme-se
que guerrilheiros atravessem a
fronteira e se instalem no Brasil .
Mas, segundo fontes diplomáticas, a hipótese de uma aproximação com o Brasil pode ser revista
caso Luiz Inácio Lula da Silva,
pré-candidato do PT à Presidência, vença as eleições deste ano e
seu governo dê sinais de simpatia
em relação à guerrilha.
(RW)
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