São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006

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GUERRA SEM LIMITES

Bush critica jornais por caso de quebra de sigilo financeiro

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, condenou ontem duramente a divulgação, por jornais americanos, do programa que monitora transações financeiras em busca de movimentações de terroristas.
"A revelação do programa é uma desgraça", disse, de dedo em riste. "Ela causa um grande dano aos EUA e torna mais difícil vencer a guerra contra o terror."
"O Congresso foi informado [sobre o rastreamento], e o que fizemos foi totalmente autorizado por lei", afirmou.
Segundo o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, cabe ao Departamento da Justiça determinar se o vazamento será investigado. "O "New York Times" e outros jornais devem considerar se o direito do público de saber pode pôr em risco a segurança de americanos", disse.
O rastreamento começou após os ataques de 11 de setembro de 2001 e foi revelado pelos principais jornais dos EUA na semana passada, voltando a pôr em xeque os limites do combate ao terrorismo em oposição à preservação da privacidade e dos direitos civis. Agentes do governo acessaram um banco de dados internacional que maneja o tráfego financeiro de milhares de instituições.
O "New York Times" diz que "serviu ao interesse público". O jornal já revelara que o governo gravava telefonemas em sigilo.
O republicano Peter King, presidente da Comissão de Segurança Interna da Câmara, pediu que o jornal seja processado. Já o chefe da Comissão de Justiça do Senado, o republicano Arlen Specter, disse ser "prematuro" abrir um processo, "assim como dizer que o governo está totalmente certo".


Com agências internacionais

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