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GUERRA SEM LIMITES
Bush critica jornais por caso de quebra de sigilo financeiro
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA,
George W. Bush, condenou
ontem duramente a divulgação, por jornais americanos,
do programa que monitora
transações financeiras em
busca de movimentações de
terroristas.
"A revelação do programa
é uma desgraça", disse, de
dedo em riste. "Ela causa um
grande dano aos EUA e torna
mais difícil vencer a guerra
contra o terror."
"O Congresso foi informado [sobre o rastreamento], e
o que fizemos foi totalmente
autorizado por lei", afirmou.
Segundo o porta-voz da
Casa Branca, Tony Snow, cabe ao Departamento da Justiça determinar se o vazamento será investigado. "O
"New York Times" e outros
jornais devem considerar se
o direito do público de saber
pode pôr em risco a segurança de americanos", disse.
O rastreamento começou
após os ataques de 11 de setembro de 2001 e foi revelado pelos principais jornais
dos EUA na semana passada,
voltando a pôr em xeque os
limites do combate ao terrorismo em oposição à preservação da privacidade e dos
direitos civis. Agentes do governo acessaram um banco
de dados internacional que
maneja o tráfego financeiro
de milhares de instituições.
O "New York Times" diz
que "serviu ao interesse público". O jornal já revelara
que o governo gravava telefonemas em sigilo.
O republicano Peter King,
presidente da Comissão de
Segurança Interna da Câmara, pediu que o jornal seja
processado. Já o chefe da Comissão de Justiça do Senado,
o republicano Arlen Specter,
disse ser "prematuro" abrir
um processo, "assim como
dizer que o governo está totalmente certo".
Com agências internacionais
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