São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006

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Brasil lidera o consumo regional de opiáceos

DA SUCURSAL DO RIO

O Brasil aparece com pouco destaque no Relatório Mundial de Drogas de 2006 por não ser um país significativamente produtor de nenhuma droga e com consumo abaixo da média mundial em quase todas as comparações.
Comparando apenas os países da América do Sul, no entanto, o país aparece como o de mais alto percentual da população fazendo uso de opiáceos: 0,6%. Os demais países da região citados têm índices inferiores ou iguais a 0,2%, sendo Chile e Uruguai os mais próximos do país, com 0,2%.
As drogas conhecidas como opiáceos são aquelas derivadas da papoula. A mais utilizada de maneira ilícita é a heroína. Seus principais efeitos são a diminuição da dor e da atividade cerebral. Por essa razão, muitas têm sua utilização liberada para uso médico, como a morfina, a codeína ou o propoxifeno.
O relatório do UNODC ressalva que o problema no Brasil não é o uso de heroína, que é muito baixo no país, mas sim a utilização dessas outras substâncias originadas da papoula, como a morfina e a codeína.
A principal fonte do UNODC na produção desse relatório são os governos. No caso do Brasil, os dados de apreensão de drogas têm como origem a Polícia Federal. A maioria dos dados de consumo tem como fonte pesquisas do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Universidade Federal de São Paulo.
Quando comparado o consumo de cannabis ou cocaína, o percentual de usuários do Brasil é menor do que a média de seus vizinhos. Apenas 1% dos brasileiros fazia uso de cannabis (especialmente maconha) e 0,4%, de cocaína. (AG)


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