São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 2011

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Aliados de Chávez negam que ele esteja com câncer

Presidente da Assembleia Nacional assevera que o mandatário venezuelano voltará ao país "repotenciado"

Enquanto presidente permanece em Cuba, sua mãe pede em ato religioso em Havana a volta do "filho querido"

FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Fernando Soto, negou ontem que o presidente Hugo Chávez, 56, esteja se tratando de um câncer em Havana (Cuba).
Rojas pediu que a imprensa encerre o que ele classificou como uma "campanha" de desinformação sobre a saúde do presidente.
"Eu seria o primeiro a informar o país [se ele tivesse câncer]", disse Soto.
Chávez está em Cuba desde o último dia 10, recuperando-se, segundo o governo, de uma cirurgia feita às pressas para retirar um abscesso pélvico (acúmulo de pus).
Anteontem, o jornal "El Nuevo Herald", de Miami, afirmou que Chávez está em estado crítico. A informação seria de "fontes de inteligência" americanas.
O jornal local "El Universal" publicou ontem que Chávez recebe tratamento para câncer de próstata. A oposição cobra clareza sobre o estado clínico do presidente e acusa o governo de ameaçar a governabilidade do país.
Chávez segue sendo o presidente em exercício da Venezuela. Ele se recusou a transferir o poder temporariamente ao vice, Elias Jaua, como prevê a Constituição.
O presidente não tem falado ao vivo ao país pela TV, como costuma fazer quase diariamente. Na sexta e anteontem, ele voltou a escrever em sua página do Twitter. A última mensagem agradecia a visita da filha e dos netos.
A TV estatal tem se limitado a repetir declarações de autoridades garantindo que Chávez está "em franca recuperação". Ontem, o canal noticiou a realização de dois atos ecumênicos em prol da saúde do presidente.
"Uma bênção para meu filho querido. Que o poder de Deus bendito o cure rápido e o traga para mim", disse a mãe de Chávez, Elena, na cerimônia em Barinas, Estado natal do presidente.
No mesmo evento, o irmão de Chávez e governador do Estado, Ádan, cobrou dos apoiadores do presidente a defesa do seu projeto político, incluindo o eventual uso da luta armada.
"Conscientes dos perigos que nos assediam e que o inimigo não descansa, não podemos esquecer, como autênticos revolucionários, de outros métodos de luta."
Soto anunciou que Chávez estará de volta a Caracas em 5 de julho, quando o país comemora o bicentenário da declaração da independência.
"Vocês verão: nós o teremos repotenciado", disse. Para a primeira semana de julho está prevista a terceira Cúpula da América Latina e Caribe (Calc), com a presença de dezenas de presidentes da região, incluindo a brasileira Dilma Rousseff.


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