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Bases provocam discussão entre embaixadores
DA EFE
O uso pelos EUA de bases militares em território colombiano motivou ontem troca de
acusações entre os embaixadores de Colômbia e Venezuela
no Conselho Permanente da
OEA (Organização dos Estados
Americanos), em Washington.
O embaixador colombiano
na OEA, Luis Alfonso Hoyos,
fez acusação formal contra a
Venezuela e protestou "contra
o projeto intervencionista" do
presidente Hugo Chávez
-mais forte crítico das bases-
nos assuntos da Colômbia.
"[Isso] viola princípios [consagrados nas cartas da ONU e
da OEA]", disse Hoyos, agregando que Chávez "semeia o
ódio no continente".
O embaixador venezuelano,
Roy Chaderton, respondeu que
o acordo militar entre EUA e
Colômbia traz "ventos de guerra" -comentário que já havia
sido feito por Chávez e que o
número dois da Chancelaria
dos EUA para a região, Christopher McMullen, chamou ontem de "irresponsabilidade".
Em Bogotá, o chanceler Jaime Bermúdez evitou responder a ameaça de Chávez na véspera -o venezuelano dissera
planejar romper as relações
com a Colômbia-, mas afirmou que debaterá o que chama
de "expansionismo" chavista
na região na reunião da Unasul
(União das Nações Sul-Americanas), amanhã, na Argentina.
Bermúdez também pediu
que a sessão da Unasul seja televisionada, para que se torne
"um debate aberto e responsável" e que analise "armamentismo, terrorismo, compras [de
armas, em referência a acordos
entre Venezuela e Rússia]".
O presidente boliviano, Evo
Morales, foi além e pediu um
referendo na América do Sul
para que "o povo decida [sobre
o uso das bases], e não seja o
império que imponha isso".
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