São Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009

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Bases provocam discussão entre embaixadores

DA EFE

O uso pelos EUA de bases militares em território colombiano motivou ontem troca de acusações entre os embaixadores de Colômbia e Venezuela no Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos), em Washington.
O embaixador colombiano na OEA, Luis Alfonso Hoyos, fez acusação formal contra a Venezuela e protestou "contra o projeto intervencionista" do presidente Hugo Chávez -mais forte crítico das bases- nos assuntos da Colômbia.
"[Isso] viola princípios [consagrados nas cartas da ONU e da OEA]", disse Hoyos, agregando que Chávez "semeia o ódio no continente".
O embaixador venezuelano, Roy Chaderton, respondeu que o acordo militar entre EUA e Colômbia traz "ventos de guerra" -comentário que já havia sido feito por Chávez e que o número dois da Chancelaria dos EUA para a região, Christopher McMullen, chamou ontem de "irresponsabilidade".
Em Bogotá, o chanceler Jaime Bermúdez evitou responder a ameaça de Chávez na véspera -o venezuelano dissera planejar romper as relações com a Colômbia-, mas afirmou que debaterá o que chama de "expansionismo" chavista na região na reunião da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), amanhã, na Argentina.
Bermúdez também pediu que a sessão da Unasul seja televisionada, para que se torne "um debate aberto e responsável" e que analise "armamentismo, terrorismo, compras [de armas, em referência a acordos entre Venezuela e Rússia]".
O presidente boliviano, Evo Morales, foi além e pediu um referendo na América do Sul para que "o povo decida [sobre o uso das bases], e não seja o império que imponha isso".


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