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Agenda rígida da cúpula evitará debate amplo
DO "FINANCIAL TIMES", EM PEQUIM
A conferência de cúpula da
próxima semana deve resultar
em uma declaração geral de
amizade entre a China e a África e também servir como fórum
para anúncios sobre reduções
de tarifas, programas de assistência e treinamento e perdão
de dívidas.
Haverá também uma grande
feira de comércio promovida
pela China, acompanhada de
uma segunda "cúpula de empresários", que reunirá homens
de negócios africanos e chineses. No entanto, representantes dos governos africanos dizem que a dimensão do evento
tornará difícil a discussão de
qualquer pauta detalhada, durante a conferência. "Não creio
que seja possível promover
grande envolvimento quando
todo o evento foi planejado minuciosamente e com tanta antecedência", disse o embaixador de um país africano.
Excetuados os discursos do
presidente chinês Hu Jintao e
dos líderes da Etiópia, co-anfitriã do evento, e da República
Democrática do Congo, que
serve como presidente da
União Africana, os demais líderes terão apenas cinco minutos
cada um para seus discursos.
Zhai Jun, ministro assistente
do Exterior chinês, indicou que
os líderes do país realizariam
reuniões em separado com o
presidente sudanês, Omar Hassan al-Bashir. Zhai disse que a
China apóia uma proteção mais
firme aos direitos humanos no
Sudão, mas que usaria "canais
próprios" para levar os adversários no conflito civil sudanês
a negociar sobre a questão de
Darfur -onde cerca de 200 mil
pessoas morreram nos últimos
três anos, em confrontos entre
milícias árabes e rebeldes contrários ao governo de Cartum.
A China aceitou que as Nações Unidas assumam "papel
mais ativo" quanto à questão,
mas não apóia quaisquer iniciativas que violem seu princípio
de "não interferência" em assuntos de outras nações.
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