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Figura-chave, Burns supera partidarismo
DA REPORTAGEM LOCAL
Há quatro meses, o veterano diplomata americano
William Burns, 52, protagonizou um dos episódios
mais marcantes deste ano
no campo das relações internacionais. Ele representou a Casa Branca no
primeiro encontro direto
entre EUA e Irã para tentar destravar as negociações sobre o programa nuclear iraniano -suspeito
pelo Ocidente de ter fim
bélico, o que Teerã nega.
O encontro, em Genebra, não surtiu o efeito esperado pelo Ocidente
-uma maior colaboração
do Irã com a agência nuclear da ONU (AIEA)- ,
mas serviu para evidenciar
a disposição dos dois países em dialogar, três décadas após Washington fechar sua embaixada em
Teerã, depois de islâmicos
radicais manterem 52 reféns ali durante 444 dias.
A missão de comandar o
ensaio de reaproximação
com o Irã foi o ponto culminante de uma carreira
que levou Burns a ocupar
diversos cargos de confiança no Departamento
de Estado, transcendendo
rivalidades partidárias.
Antes de ser um dos homens-chave da diplomacia
do republicano George W.
Bush, assessorou os secretários de Estado democratas Warren Christopher
(1993-97) e Madeleine Albright (1997-2001).
Burns, que já foi embaixador na Rússia e na Jordânia, coordena hoje a comissão de transição no
Departamento de Estado,
encarregado de administrar a política externa antes da posse do novo presidente, em janeiro.
(SA)
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