São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2008

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Figura-chave, Burns supera partidarismo

DA REPORTAGEM LOCAL

Há quatro meses, o veterano diplomata americano William Burns, 52, protagonizou um dos episódios mais marcantes deste ano no campo das relações internacionais. Ele representou a Casa Branca no primeiro encontro direto entre EUA e Irã para tentar destravar as negociações sobre o programa nuclear iraniano -suspeito pelo Ocidente de ter fim bélico, o que Teerã nega.
O encontro, em Genebra, não surtiu o efeito esperado pelo Ocidente -uma maior colaboração do Irã com a agência nuclear da ONU (AIEA)- , mas serviu para evidenciar a disposição dos dois países em dialogar, três décadas após Washington fechar sua embaixada em Teerã, depois de islâmicos radicais manterem 52 reféns ali durante 444 dias.
A missão de comandar o ensaio de reaproximação com o Irã foi o ponto culminante de uma carreira que levou Burns a ocupar diversos cargos de confiança no Departamento de Estado, transcendendo rivalidades partidárias.
Antes de ser um dos homens-chave da diplomacia do republicano George W. Bush, assessorou os secretários de Estado democratas Warren Christopher (1993-97) e Madeleine Albright (1997-2001).
Burns, que já foi embaixador na Rússia e na Jordânia, coordena hoje a comissão de transição no Departamento de Estado, encarregado de administrar a política externa antes da posse do novo presidente, em janeiro. (SA)


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