São Paulo, sexta-feira, 27 de novembro de 2009

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Chefe militar alemão cai por ataque contra civis afegãos

Caso pode dificultar aumento de tropas desejado pelos EUA

DA ASSOCIATED PRESS

O chefe das Forças Armadas e um alto funcionário da Defesa da Alemanha renunciaram ontem após novas revelações sobre operação militar convocada pelo país que resultou na morte de até 30 civis no norte do Afeganistão no dia 4 de setembro.
A crise desatada pela vinda à tona de um relatório provando que Berlim omitiu informações sobre o caso ameaça comprometer esforços do governo Barack Obama de convencer aliados a elevar seus contingentes no conflito -na esteira da nova estratégia americana que será anunciada no dia 1º.
Segundo reportagem do jornal alemão "Bild", um relatório com informações sobre mortos civis no ataque foi omitido enquanto a Defesa as negava.
Além do general Wolfgang Schneiderman e do funcionário da Defesa Peter Wichert, também o então titular da pasta e hoje ministro do Trabalho, Franz Josef Jung, sofre pressões para deixar o governo.
No episódio, o comando das tropas alemãs no Afeganistão convocou um ataque aéreo dos EUA sobre supostos insurgentes do Taleban que haviam roubado dois caminhões-tanques. A operação matou 30 civis e 69 extremistas, segundo Cabul.
O caso pode dificultar a aprovação pelo Parlamento da renovação por um ano do mandato das tropas alemãs no Afeganistão -a terceira maior força no país-, como deseja a chanceler (premiê) Angela Merkel, e inviabilizar a eventual tentativa de aumento no contingente no cada vez mais impopular conflito, como querem os EUA.
Segundo o "New York Times", Obama espera convencer os aliados a incrementar em 10 mil o número de soldados no Afeganistão -de modo a aproximar os estimados 30 mil a 35 mil militares adicionais que deve anunciar na próxima terça dos 40 mil considerados necessários pelo comando no país.


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