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Chefe militar alemão cai por ataque contra civis afegãos
Caso pode dificultar aumento de tropas desejado pelos EUA
DA ASSOCIATED PRESS
O chefe das Forças Armadas
e um alto funcionário da Defesa
da Alemanha renunciaram ontem após novas revelações sobre operação militar convocada
pelo país que resultou na morte
de até 30 civis no norte do Afeganistão no dia 4 de setembro.
A crise desatada pela vinda à
tona de um relatório provando
que Berlim omitiu informações
sobre o caso ameaça comprometer esforços do governo Barack Obama de convencer aliados a elevar seus contingentes
no conflito -na esteira da nova
estratégia americana que será
anunciada no dia 1º.
Segundo reportagem do jornal alemão "Bild", um relatório
com informações sobre mortos
civis no ataque foi omitido enquanto a Defesa as negava.
Além do general Wolfgang
Schneiderman e do funcionário da Defesa Peter Wichert,
também o então titular da pasta e hoje ministro do Trabalho,
Franz Josef Jung, sofre pressões para deixar o governo.
No episódio, o comando das
tropas alemãs no Afeganistão
convocou um ataque aéreo dos
EUA sobre supostos insurgentes do Taleban que haviam roubado dois caminhões-tanques.
A operação matou 30 civis e 69
extremistas, segundo Cabul.
O caso pode dificultar a aprovação pelo Parlamento da renovação por um ano do mandato das tropas alemãs no Afeganistão -a terceira maior força
no país-, como deseja a chanceler (premiê) Angela Merkel, e
inviabilizar a eventual tentativa de aumento no contingente
no cada vez mais impopular
conflito, como querem os EUA.
Segundo o "New York Times", Obama espera convencer
os aliados a incrementar em 10
mil o número de soldados no
Afeganistão -de modo a aproximar os estimados 30 mil a 35
mil militares adicionais que deve anunciar na próxima terça
dos 40 mil considerados necessários pelo comando no país.
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