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Chávez pressiona para barrar recursos estrangeiros a ONGs
Para o presidente, financiamento ataca objetivos revolucionários da Venezuela
DE SÃO PAULO
A lei que pretende regular
o financiamento a ONGs e
partidos políticos venezuelanos vai ser discutida na próxima semana pela Assembleia Nacional da Venezuela.
O texto foi apresentado há
quatro anos e, desde então,
sofre modificações.
Alegando que a cooperação internacional é usada para atacar os objetivos revolucionários, o presidente Hugo
Chávez pressiona a assembleia a proibir que organizações obtenham fundos dos
Estados Unidos, embora o
projeto de lei a ser elaborado
por seus aliados políticos
pretenda proibir o uso de todo o dinheiro estrangeiro.
Grupos que defendem os
direitos humanos na Venezuela demonstram preocupação com as pretensões do
projeto de lei.
"Querem criar uma lei para impossibilitar que as
ONGs sigam trabalhando",
afirmou Antonio Puppio, um
dos coordenadores da Provea, ONG venezuelana.
Para ele, a intenção de
Chávez é desestabilizar e satanizar as organizações, que
sobrevivem basicamente do
dinheiro estrangeiro, "apesar de o governo venezuelano cooperar com organizações de outros países".
Muitas das denúncias contra ONGs vêm da advogada
venezuelano-americana Eva
Golinger, que afirma que fundos dos EUA estão sendo
usados para retratar o governo Chávez como um violador
dos direitos humanos.
"Eles procuram enfraquecer e desestabilizar o governo
da Venezuela", disse Golinger nesta semana.
Com agências internacionais
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