São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

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Número de americanos mortos no Iraque supera vítimas do 11 de setembro

DA REDAÇÃO

Com a morte de sete militares anunciada ontem por autoridades dos EUA, o número de norte-americanos mortos desde o início da guerra no Iraque -2.978, segundo dados do Pentágno- superou o número de vítimas fatais dos atentados de 11 de setembro de 2001 -2.973.
A guerra no Iraque foi anunciada pelo presidente George W. Bush, em 2003, como uma das estratégias para acabar com o terrorismo, após os atentados de 11 de setembro. Porém nunca houve qualquer prova de que o regime de Saddam estivesse envolvido nos atentados.
Ontem, o senador Joseph Biden, um dos líderes do Partido Democrata e crítico da política de Bush para o Iraque, posicionou-se contrário a um possível aumento de tropas norte-americanas no Iraque, que vem sido estudado por Bush. "Eu acho apenas que é uma estratégia absolutamente errada", disse Biden, que afirmou ontem querer concorrer à Presidência dos EUA em 2008.
O presidente participa amanhã de uma reunião do Conselho de Segurança dos EUA, mas, segundo a Casa Branca, a decisão final sobre um novo rumo para o Iraque ainda não deve ser anunciada.
Bush enfrenta o descontentamento da opinião pública em relação à guerra e sofre pressão do Partido Democrata -que retomou o controle do Congresso em novembro- para mudar a política para o Iraque. Líderes democratas já afirmaram que Bush desperdiça esforços com a guerra, ao invés de concentrá-los na perseguição de redes terroristas como a Al Qaeda.
Dezembro já é considerado o segundo mês do ano de maiores baixas do lado norte-americano (90), contra 105 soldados mortos em outubro. Ontem, ao menos 54 civis iraquianos morreram em uma sucessão de atentados na capital do país.


Com agências internacionais

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