São Paulo, sábado, 27 de dezembro de 2008

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ESPANHA

Zapatero nega ter autorizado pousos da CIA

DA EFE

O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse ontem que não autorizou nem tomou conhecimento dos vôos ilegais da CIA (agência de inteligência do EUA) que pousaram em seu país.
Os vôos foram revelados há cerca de um mês pelo jornal "El País", que divulgou documentos indicando que o governo do antecessor e opositor de Zapatero, José María Aznar, permitiu, pouco depois da queda do regime Taleban, que aviões militares dos EUA fizessem escala em aeroportos espanhóis para depois seguir viagem à base de Guantánamo. Os aviões levavam suspeitos de terrorismo presos sem acusações formais.
Alguns dos vôos, no entanto, ocorreram quando Zapatero já estava no poder -um deles, precisamente, em 2 de novembro de 2005. O presidente defendeu ontem, em coletiva de imprensa de balanço do ano, que esse vôo específico era amparado por um convênio de Defesa entre a Espanha e os EUA e não está relacionado a operações da CIA.
A revelação do "El País" vem alimentando a troca de acusações entre Zapatero e Aznar, mas a cessão de território para o pouso de vôos ilegais não é novidade. Um relatório de 2006 da Comissão de direitos humanos do Conselho da Europa citava 14 países do continente -entre eles a própria Espanha- que autorizaram escalas de aviões da CIA com suspeitos de terrorismo levados a outros países, onde seriam torturados.


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