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ESPANHA
Zapatero nega ter autorizado pousos da CIA
DA EFE
O presidente do governo
espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse ontem que não autorizou
nem tomou conhecimento
dos vôos ilegais da CIA
(agência de inteligência do
EUA) que pousaram em
seu país.
Os vôos foram revelados
há cerca de um mês pelo
jornal "El País", que divulgou documentos indicando que o governo do antecessor e opositor de Zapatero, José María Aznar,
permitiu, pouco depois da
queda do regime Taleban,
que aviões militares dos
EUA fizessem escala em
aeroportos espanhóis para
depois seguir viagem à base de Guantánamo. Os
aviões levavam suspeitos
de terrorismo presos sem
acusações formais.
Alguns dos vôos, no entanto, ocorreram quando
Zapatero já estava no poder -um deles, precisamente, em 2 de novembro
de 2005. O presidente defendeu ontem, em coletiva
de imprensa de balanço do
ano, que esse vôo específico era amparado por um
convênio de Defesa entre a
Espanha e os EUA e não
está relacionado a operações da CIA.
A revelação do "El País"
vem alimentando a troca
de acusações entre Zapatero e Aznar, mas a cessão
de território para o pouso
de vôos ilegais não é novidade. Um relatório de
2006 da Comissão de direitos humanos do Conselho da Europa citava 14
países do continente -entre eles a própria Espanha- que autorizaram escalas de aviões da CIA com
suspeitos de terrorismo
levados a outros países,
onde seriam torturados.
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