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Líderes mundiais querem acordo
DA REDAÇÃO
Líderes de diversos países manifestaram ontem o desejo de que
a vitória eleitoral do Hamas não
impeça as negociações de paz entre israelenses e palestinos.
O governo do Japão pediu à comunidade internacional que conduza o Hamas ao processo de paz
no Oriente Médio. Shinzo Abe,
chefe-de-gabinete, afirmou que o
mundo todo tem de "se esforçar
para que o Hamas adote uma atitude pró-ativa rumo ao processo
de paz".
Também ontem, o premiê Junichiro Koizumi disse esperar que o
Hamas "mude de posição a fim de
bloquear os radicais". "Temos de
ver como as coisas vão andar",
concluiu o premiê japonês.
A China fez coro às manifestações e pediu que o governo palestino recém-eleito procure uma
solução pacífica para o conflito
com Israel. De acordo com uma
declaração da Chancelaria chinesa, que saudou a realização "pacífica das eleições do Conselho Legislativo Palestino", Pequim espera que "todas as facções palestinas
mantenham a unidade e resolvam
a disputa com Israel por meio de
negociações pacíficas e de ações
políticas".
O presidente da França, Jacques
Chirac, também fez apelos pelo
diálogo entre palestinos e israelenses. Chirac exortou o Hamas a
fazer "a eleição da paz" e do "reconhecimento de Israel".
O porta-voz da chanceler (premiê) alemã, Angela Merkel, confirmou ontem que ela fará uma visita a Israel e aos territórios palestinos na próxima semana. Segundo Ulrich Wilhelm, a chanceler
não programou encontro com
nenhum líder do Hamas. O porta-voz disse ainda que "o reconhecimento do direito de Israel à segurança e à sua existência são pontos cruciais e inquestionáveis para
a política externa alemã".
Em visita oficial a Washington,
o parlamentar libanês Saad Hariri, filho do premiê assassinado
Rafik Hariri (1992-98 e 2000-04),
disse que o Hamas "precisa avançar na paz com Israel". Mas ressaltou que os palestinos foram vítimas de opressão e que a decisão
cabe ao Hamas. "Levará tempo",
disse Saad Hariri, que se encontrou com o presidente americano,
George W. Bush. Hariri aconselhou ao mundo que tenha "paciência" com o Hamas.
No encontro, Bush disse a Hariri que permitir ao Líbano que seja
"livre de influências externas, livre da intimidação síria e livre para traçar seu próprio curso" é
uma prioridade dos EUA.
Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva afirmou, em visita a São Paulo, que acha que "a eleição do Hamas vai fazer com que o exercício
democrático seja levado a sua plenitude". Lula disse ainda que não
acredita que a vitória do Hamas
implicará um aumento da violência entre israelenses e palestinos.
"Disputar as eleições, fazer parte
do Parlamento, fazer a disputa democrática, para depois não ser
democrático; não acredito."
Com agências internacionais
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