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IDÉIAS
Morre nos EUA o colunista conservador William Buckley
DO "NEW YORK TIMES"
William Buckley Jr., jornalista que conduziu o conservadorismo a uma posição
central no debate político
americano, morreu ontem
em sua casa, em Stamford,
Connecticut. Buckley, 82, sofria de diabetes e enfisema,
disse seu filho Christopher.
A causa exata de sua morte
não foi divulgada.
Ele apresentava um dos
mais antigos programas de
entrevistas da TV americana,
o "Firing Line", e fundou a
"National Review", influente
revista conservadora. Também escreveu 45 livros, com
temas de odisséias náuticas a
romances de espionagem.
Os mais de 4,5 milhões de
palavras reunidos nas 5.600
edições de sua coluna jornalística quinzenal, "On the
Right", equivaleriam a outros 45 livros de médio porte.
A maior realização de Buckley foi fazer do conservadorismo -não só a adesão eleitoral ao Partido Republicano, mas o conservadorismo
como sistema de idéias-
uma causa respeitável nos
EUA do pós-guerra. Ele mobilizou os jovens entusiastas
que ajudaram a garantir a indicação de Barry Goldwater
como candidato republicano
em 1964, e viu a realização
dos seus sonhos quando Ronald Reagan e os Bush chegaram à Casa Branca.
Para prazer de Buckley, ele
foi classificado pelo historiador Arthur Schlesinger Jr.
como "o flagelo do liberalismo" [esquerdismo, nos
EUA]. O avanço do liberalismo havia começado com o
New Deal nos anos 30 e se
acelerou na geração seguinte. Buckley declarou guerra a
essa ordem. "Antes que houvesse Ronald Reagan, houve
Barry Goldwater, antes de
Barry Goldwater, houve a
"National Review", e antes da
"National Review" tínhamos
Bill Buckley e a fagulha que
ele trazia na mente -uma fagulha que, em 1980, se tornaria uma conflagração", escreveu George Will na "National
Review", em 1980.
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