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Ataque a Israel
domina início
de cúpula árabe
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
A cúpula da Liga Árabe, em
Amã (capital da Jordânia), cuja
abertura coincidiu com os atentados de ontem em Jerusalém, serviu de plataforma para críticas a
Israel, mas também expressou
apoio ao fim do embargo imposto
ao Iraque, reiterou a disposição
de fornecer ajuda financeira aos
palestinos e incentivou a reconciliação entre seus membros.
Esse é primeiro encontro ordinário dos 22 membros da Liga
Árabe desde a invasão do Kuait
pelo Iraque, em 1990. A reunião
deve terminar hoje.
O secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, afirmou que "a punição
coletiva" empreendida por Israel
provocou ódio e desespero nos
palestinos, em sua declaração
mais dura em relação às medidas
israelenses contra a Intifada (levante), iniciada em setembro.
Annan voltou a incentivar a retomada das negociações de paz.
O presidente sírio, Bachar al Assad, afirmou que os eleitores do
premiê Ariel Sharon eram produto de uma sociedade que possui
"mais racistas do que os nazistas".
Paralelamente às atividades da
cúpula, Bachar deu um ramo de
oliveira ao líder palestino Iasser
Arafat, antigo desafeto de seu pai,
Hafez al Assad. Foi o primeiro encontro de cúpula sírio-palestino
desde 1996.
O ditador iraquiano, Saddam
Hussein, convocou os países árabes à mobilização militar para a libertação dos territórios palestinos. "Não aceitamos nenhum regateio sobre a Palestina", afirmou
em comunicado lido por seu representante na conferência.
Saddam não fez referência às
sanções da ONU pela invasão do
Kuait, e as discussões sobre uma
reconciliação entre iraquianos e
kuaitianos não tiveram sucesso.
Arafat acusou Israel de praticar
"terrorismo de Estado", mas disse
estar disposto a voltar à mesa de
negociações imediatamente.
Para o chanceler israelense, o
pacifista Shimon Peres, os atentados de ontem em Jerusalém foram uma "mostra de força para
causar impacto sobre a cúpula
árabe" e sobre Israel.
Manifestantes em Gaza e na Cisjordânia convocaram um "dia de
ira" e pediram que os líderes árabes tomassem ações enérgicas
contra Israel.
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