São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 2008

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Firma vendeu munição velha sob contrato de US$ 300 mi

DA REDAÇÃO

O Pentágono suspendeu acordos de US$ 300 milhões com a empresa que desde o ano passado era a principal fornecedora de munição para o governo do Afeganistão após reportagem do "New York Times" revelar, ontem, que o material bélico, vindo da China e de países da antiga Cortina de Ferro, tinha mais de 40 anos.
A firma, identificada como AEY Inc. e com base em Miami, é presidida por Efraim Diveroli, jovem de 22 anos com passagem pela polícia e pouca experiência no setor. O vice tem 25 e é massagista, diz o jornal.
O Departamento da Defesa e a Alfândega abriram uma investigação criminal sobre a empresa, que teria enganado as autoridades americanas sobre a origem da munição -o fato de boa parte dela vir da China viola tanto as leis americanas quanto o acordo. Segundo o Exército, a participação da companhia em futuros contratos federais está suspensa.
Por telefone, Diveroli disse ao "Times" não ter conhecimento da ação contra a firma. Mas os problemas com a munição já eram evidentes em locais como Nawa, no sul afegão, no último outono setentrional, quando um oficial afegão inspecionou os cartuchos de rifles no chão sujo do posto policial. Pouco após a chegada, as caixas de papelão tinham se desmanchado, e o conteúdo vazado revelou munição fabricada na China em 1966.
"É isso que nos dão para a luta", disse o coronel Amanuddin, que como muitos afegãos não tem sobrenome. Com o passar dos anos, a munição freqüentemente torna-se menos poderosa, confiável e precisa.


Com o "Independent" e o "Financial Times"


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