São Paulo, domingo, 28 de março de 2010

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Começa operação para libertar reféns das Farc

Helicópteros brasileiros partem para região na Colômbia onde militares sequestrados serão soltos

DA REDAÇÃO

Após meses de adiamentos, a operação de entrega de dois militares colombianos reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) teve início ontem com a chegada à cidade de Villavicencio, no começo da tarde, de dois helicópteros das Forças Armadas brasileiras provenientes de São Gabriel da Cachoeira (AM).
A bordo, os helicópteros levavam grupo composto pela senadora colombiana Piedad Córdoba, mediadora das libertações com a guerrilha, por dois representantes da Cruz Vermelha, pelo bispo Leonardo Gómez e por dois membros do grupo Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP).
As Farc reiteraram, na sexta-feira, que pretendem libertar o sargento Pablo Emilio Moncayo -refém há 12 anos- e o soldado Josué Daniel Calvo -em poder da guerrilha há 11 meses. Calvo, que tem um ferimento a bala no joelho, será o primeiro a ser solto, em operação que deve começar nas primeiras horas de hoje. A libertação de Moncayo está prevista para terça.
A guerrilha afirmou, entretanto, que a entrega do corpo do major da polícia Julián Ernesto Guevara, morto em cativeiro em 2006, será retardada devido à presença do Exército colombiano na área em que estão os restos mortais do militar.
O comandante das forças militares da Colômbia, general Freddy Padilla, e o representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no país, Cristophe Berney, confirmaram a suspensão, desde ontem, de atividades do Exército e da polícia na região onde os militares devem ser soltos.
O jornal "El Tiempo" informa que, de Villavicencio, capital do departamento colombiano de Meta, no centro leste do país, um dos helicópteros irá até o local na floresta amazônica onde Calvo será libertado, levando a bordo a senadora Córdoba, um representante do CICV e os brasileiros envolvidos na operação. Tal área seria, segundo o jornal, entre os rios Chiquito e Guayabero.
No Twitter, Córdoba declarou "confiar que todos os compromissos estabelecidos pelas partes se cumprirão".


Com agências internacionais


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