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ÁSIA
Musharraf dá apoio à causa dos separatistas da Caxemira
Paquistão diz não querer guerra, mas promete reagir a ataques
DA REDAÇÃO
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, insistiu ontem em
que seu país não quer uma guerra
e não iniciará combates, mas seus
comentários duros sobre a Caxemira -incluindo uma manifestação de apoio à causa dos separatistas- podem agravar as tensões
com a Índia.
"O Paquistão não quer a guerra.
O Paquistão não iniciará uma
guerra", afirmou Musharraf em
um discurso transmitido ao vivo
pela TV. "Se a guerra nos for imposta, responderemos com força
total", acrescentou.
Musharraf repetiu sua condenação do que chamou de "ataques terroristas" ao Parlamento
da Índia e a um acampamento
militar indiano na Caxemira, pelos quais Nova Déli culpa terroristas baseados no Paquistão. Os
atentados levaram os vizinhos,
ambos os quais possuem arsenal
nuclear, à beira de uma guerra.
Mas ele também expressou seu
apoio ao "movimento de libertação" na parte da Caxemira controlada pela Índia e condenou "a
tirania e a repressão" da Índia.
O presidente paquistanês, que
tomou o poder em 1999 após um
golpe militar, insistiu em que não
havia infiltração de terroristas
através da Linha de Controle que
divide a Caxemira. E disse que
não deixaria o Paquistão ser utilizado como base para terroristas.
Apesar da crescente pressão internacional para que aja para reprimir terroristas e impedir ataques na Índia, Musharraf não
apresentou nenhuma nova medida em seu discurso.
Uma porta-voz do Ministério
das Relações Exteriores da Índia
disse que Nova Déli daria uma
resposta ao discurso hoje, mas
afirmou que, com o Paquistão,
"as aparências enganam".
O ministro das Relações Exteriores indiano, Omar Abdullah,
que é filho do ministro-chefe da
Caxemira indiana, disse que o
tom do discurso provavelmente
faria com que a Índia ficasse
"muito irritada", particularmente
por causa das palavras de Musharraf sobre a repressão indiana.
Musharraf falou horas antes da
chegada do ministro das Relações
Exteriores britânico, Jack Straw,
em uma missão para tentar acalmar as tensões na região.
A Índia controla cerca de 45%
da Caxemira; o Paquistão, cerca
de 33%; e a China, o restante.
Com agências internacionais
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