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EUA libertam 42 reféns da Al Qaeda no norte do Iraque
Morrem mais dois soldados norte-americanos, elevando baixas de maio a 103
Alguns dos iraquianos que eram mantidos como reféns por insurgentes sunitas apresentavam marcas de tortura, segundo os EUA
DA REDAÇÃO
Forças norte-americanas invadiram ontem um campo da
rede terrorista Al Qaeda a nordeste de Bagdá e libertaram 42
civis iraquianos que eram mantidos como reféns. Alguns deles
tinham sinais de tortura. Também ontem morreram mais
dois soldados dos EUA, elevando o saldo parcial de óbitos de
maio para 103, um dos piores
desde o início da guerra.
A ação militar contra o campo da Al Qaeda faz parte de uma
ofensiva para reforçar a segurança na Província de Diyala,
ao norte da capital. A região
vem sendo palco de violentas
batalhas nas últimas semanas,
disse o general William Caldwell, principal porta-voz militar dos EUA no Iraque.
Ele também afirmou que a libertação de 42 civis é a maior já
realizada pelas tropas numa
única prisão da Al Qaeda. O general acrescentou que algumas
das vítimas estavam sendo
mantidas presas havia mais de
quatro meses e que tinham
marcas de tortura.
Os dois óbitos de soldados
ocorreram em conseqüência de
bombas que atingiram suas patrulhas -uma em Diyala e outra no oeste de Bagdá.
No total, já morreram 3.454
militares americanos desde o
início da invasão do Iraque, em
março de 2003. Os piores meses para os EUA foram novembro de 2004 e abril de 2004,
quando morreram respectivamente 137 e 135 soldados.
O total de soldados iraquianos mortos na guerra é estimado entre 4.900 e 6.380. Já o de
civis varia entre 64.333 e
70.471, de acordo com a organização www.iraqbodycount.net.
Também ontem, tropas dos
EUA e do Iraque realizaram
operações na favela de Sadr
City, em Bagdá. Seu alvo eram
células insurgentes xiitas.
Prenderam um suspeito de traficar armas e bombas do Irã.
Moqtada al Sadr, o clérigo
anti-EUA que controla Sadr
City e reapareceu depois de alguns meses de silêncio, encontrou-se ontem na cidade de Najaf com líderes de seu movimento xiita para discutir estratégias, anunciou Salah al Obeidi, um dos principais assessores de Al Sadr.
"As forças de ocupação são
responsáveis pelo sofrimento
que o país enfrenta e não há solução que não passe pela retirada das tropas", disse Al Obeidi.
Encontro raro
Representantes dos EUA e
do Irã começam hoje em Bagdá
a discutir a segurança no Iraque. O encontro entre o embaixador dos EUA, Ryan Crocker,
e um diplomata iraniano indica
uma mudança na posição de
Washington, que rompeu relações com o Irã nos anos 80, para tentar impor isolamento total à república islâmica. Funcionários do governo iraquiano
também participarão.
As conversações têm início
em clima de tensão. Uma flotilha norte-americana realiza
manobras militares no golfo
Pérsico. Há dois dias, Teerã
anunciou ter descoberto uma
rede de espionagem ocidental
que operava em seu território.
Com agências internacionais
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