São Paulo, segunda-feira, 28 de maio de 2007

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RÚSSIA

Parada Gay em Moscou acaba em violência, com 31 detidos

DA REDAÇÃO

A Parada do Orgulho Gay realizada ontem em Moscou terminou em violência pelo segundo ano consecutivo, logo depois que membros de grupos da direita nacionalista e extremistas cristãos ortodoxos atacaram manifestantes durante a passeata, que não havia sido autorizada pelo governo.
O líder do movimento gay na Rússia, Nikolai Alexeyev, foi detido pela polícia e levado em um camburão após passar em frente ao gabinete do prefeito de Moscou, Yury Luzhkov, que já havia se referido aos homossexuais como "satânicos".
Alexeyev tinha o objetivo de entregar ao prefeito uma carta assinada por aproximadamente 40 deputados, exigindo o fim da proibição de manifestações desse tipo.
No total, 31 pessoas entre os cerca de 100 participantes foram presas; a maioria foi liberada em seguida. Extremistas religiosos gritavam "Moscou não é Sodoma" e "não à pederastia".
Muitos manifestantes foram agredidos pela multidão por socos e pontapés. A violência começou depois que o deputado alemão Volker Beck foi atingido por ovos e preso pela polícia.
Marco Cappato, deputado italiano do Parlamento Europeu, teve de intervir para que um assistente parlamentar não fosse atacado. "Onde está a polícia? Por que não nos protege?", protestou Cappato, que também acabou preso.
A Rússia descriminalizou a homossexualidade em 1993, mas a tolerância é baixa.


Com agências internacionais


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