São Paulo, quinta-feira, 28 de junho de 2007

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Experimentos com drogas vêm à tona

DE WASHINGTON

Outro tópico preferido dos teóricos de conspiração e sempre negado oficialmente pela CIA é seu envolvimento em experimentos de drogas com cobaias humanas. Não mais. A confirmação está em pelo menos dois documentos publicados anteontem.
Um dos memorandos, não datados, tem como linha de assunto "Programa de Teste de Drogas". Nele, o autor relata que a agência toca um programa no qual "mantém relações" com empresas farmacêuticas para que essas mandem à CIA drogas rejeitadas devido a "efeitos colaterais não desejados".
Sob coordenação de Carl Duckett, diretor de tecnologia que morreu em 1992, as drogas eram usadas primeiro em ratos e macacos. Dependendo do resultado, eram testadas em voluntários militares num laboratório do Exército no norte de Baltimore.
Segundo o texto, o objetivo do programa, "encerrado no outono passado", era "defensivo", e não "ofensivo" -ou seja, para saber se inimigos estavam usando drogas parecidas, e não para que os EUA as usassem em inimigos. Documentos do mesmo pacote adiantados na última sexta-feira, no entanto, dão conta de "vários projetos" de drogas realizados em pessoas "sem o conhecimento delas".
No mesmo memorando, de 1973, William Colby pede mais detalhes sobre o magnetômetro criogênico que está sendo usado em pessoas "sem o conhecimento delas". O magnetômetro é usado para medir campos magnéticos. (SD)


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