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IRAQUE SOB TUTELA
Rumsfeld faz visita-surpresa a Bagdá; governo argelino confirma morte de diplomatas seqüestrados
EUA e Iraque falam em rápida saída de tropas
DA REDAÇÃO
No dia em que o secretário de
Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, fez uma nova visita-surpresa
a Bagdá, o premiê iraquiano,
Ibrahim al Jaafari, defendeu ontem uma rápida retirada das tropas americanas do Iraque.
"Confirmamos que desejamos
rapidez nesse aspecto", disse Al
Jaafari em entrevista coletiva ao
lado de Rumsfeld, sem, no entanto, fixar um prazo.
Segundo o premiê, a rapidez da
retirada vai depender de um
maior ritmo de treinamento das
forças de segurança iraquianas
pelos EUA e do planejamento de
uma transição coordenada do
controle militar dos americanos
para os iraquianos.
"Não queremos ser surpreendidos por uma retirada que não esteja conectada com nosso timing
iraquiano", afirmou.
O comandante militar americano no Iraque, general George Casey, disse que os EUA esperam reduzir significativamente suas tropas no Iraque no próximo ano.
"Se o processo político continuar positivamente e os avanços
com as forças de segurança [iraquianas] continuarem, acredito
que vamos poder fazer reduções
substanciais após as eleições [em
dezembro]", disse.
Já Rumsfeld instou os iraquianos a finalizar sua Constituição
até 15 de agosto como condição
para garantir a segurança no país.
"Não queremos nenhum atraso",
afirmou. "Temos tropas em ação,
pessoas são mortas. É tempo de
um acordo."
O comitê que prepara a Carta
iraquiana voltou a trabalhar na última terça-feira, depois de um
boicote de seis dias por seus
membros árabe-sunitas.
As declarações sobre a retirada
coincidem com a divulgação de
uma pesquisa "USA Today"/
CNN/Gallup segundo a qual 53%
dos entrevistados disseram não
acreditar que os EUA possam
vencer o conflito no Iraque. Outros 43% disseram estar confiantes na vitória.
O grupo Al Qaeda no Iraque
afirmou em site na internet ter
matado os dois diplomatas argelinos -incluindo o chefe da missão da Argélia no Iraque- que
haviam sido seqüestrados na última quinta-feira, em Bagdá.
O presidente argelino, Abdelaziz Bouteflika, confirmou a morte
dos enviados. "Os seqüestradores
assassinaram covardemente nossos dois representantes em Bagdá,
Ali Belaroussi e Azzedine Belkadi,
cumprindo suas ameaças desprezíveis, apesar de todos os apelos
por sua libertação", disse Bouteflika em nota.
Distintos incidentes de violência no país deixaram ao menos 20
mortos ontem. Um homem-bomba se explodiu na entrada de
um hospital em Bagdá, matando
ao menos cinco pessoas e ferindo
dez, segundo a polícia.
Três iraquianos foram mortos e
37 ficaram feridos após disparos
de morteiro contra uma estação
de ônibus na capital. Outros ataques mataram sete soldados iraquianos e quatro soldados americanos.
Com agências internacionais
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