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ORIENTE MÉDIO
Israelenses quiseram vender tecnologia e equipamento à China
Venda de armas opõe EUA a Israel
DA REDAÇÃO
Os EUA pediram que Israel se
desculpe por escrito e adote normas mais estritas para a exportação de material bélico, em meio a
tensões surgidas entre os dois países por causa de contratos de venda de equipamento militar israelense para a China.
O contencioso, disse ontem o
jornal israelense "Haaretz", levou
o ministro da Defesa de Israel,
Shaul Mofaz, a cancelar uma visita que faria a Washington na primeira quinzena de agosto.
Os EUA fornecem anualmente a
Israel uma ajuda militar de US$ 2
bilhões, congelada nas últimas semanas em razão do litígio.
"Estamos em definitivo com alguns problemas, mas estou convencido de que os superaremos
em breve", disse ontem o primeiro-ministro Ariel Sharon.
Washington desaprovou a disposição israelense de fornecer à
China tecnologia para a construção de aeronaves não tripuladas
para o lançamento de mísseis,
além de peças para o sistema chinês de radares. Para os EUA, tais
contratos resultariam num desequilíbrio prejudicial a Taiwan.
O ministro israelense das Relações Exteriores, Silvan Shalom,
desculpou-se publicamente no
mês passado ao afirmar que seu
país não tinha o propósito de se
contrapor aos interesses estratégicos americanos.
O Ministério da Defesa disse estar prosseguindo no diálogo "discreto e informativo" com os EUA
e que espera "concluir em breve
essas negociações".
Em Washington, o porta-voz do
Departamento de Estado, Sean
McCormack, disse que os dois
países ainda negociavam detalhes
técnicos e poderiam em breve
concluir um memorando sobre
critérios para a exportação de material e tecnologia bélicos.
Os EUA, afirma a agência de notícias Reuters, querem que, nos
próximos 18 meses, Israel aprove
em seu Parlamento uma lei que
permita restringir as exportações
do setor. O "Haaretz" diz, por sua
vez, que, nos últimos dias, os negociadores americanos endureceram sua posição para forçar novas
concessões israelenses.
Informantes israelenses disseram que as pressões americanas
podem levar o país a restringir
novos contratos de venda.
Sharon em Paris
Sharon deu início a uma visita à
França durante a qual pretende
conseguir normalizar as relações
bilaterais, abaladas quando, há alguns meses, ele exortou os judeus
franceses a emigrar em razão do
sentimento anti-semita local.
Sharon classificou o presidente
Jacques Chirac "de um dos maiores governantes do mundo" e pediu seu auxílio para a paz no
Oriente Médio.
O porta-voz de Chirac classificou de "bastante amistoso" o encontro que ambos tiveram a portas fechadas, por duas horas.
Com agências internacionais
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