MARCO ANTÔNIO MARTINS
EM SÃO PAULO

RODRIGO RÖTZSCH
DO RIO

O camaronês Franck Etounde, que participou das competições de boxe nos Jogos Mundiais Militares, abandonou a delegação de seu país pouco antes do embarque de volta para o país africano, no último domingo.
Após entregar o seu passaporte ao chefe da delegação de Camarões, o militar desapareceu. A Polícia Federal investiga seu paradeiro.
Sete boxeadores camaroneses participaram do evento, que reuniu atletas militares de diversos países.
Durante 90 dias, o camaronês pode ficar no Rio de Janeiro ou em qualquer Estado brasileiro como turista, já que ele entrou no país de forma regular.
A partir daí, ele só poderá continuar no Brasil se conseguir um documento que libere sua permanência.
De acordo com policiais, no momento em que deixava a vila dos atletas, na zona oeste do Rio, o militar informou a intenção de ficar no país aos integrantes da comitiva de Camarões.
Os representantes de Camarões nos jogos comunicaram então a decisão ao comitê organizador do evento.
Como ele é militar, será considerado desertor das Forças Armadas caso não retorne a seu país em 30 dias.
Nesse caso, o governo camaronês pode solicitar sua extradição, mas o Brasil não tem tratado com o país africano.
O país é governado desde 1982 de forma autoritária pelo presidente Paul Biya.
O camaronês repete o caso dos boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que fugiram durante o Pan-2007, no Rio.


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