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Iranianos testam novo míssil submarino
A cinco dias do prazo dado pela ONU, país apresenta arma e diz que não interromperá programa nuclear
DA REDAÇÃO
O Irã testou ontem um novo
míssil submarino anti-navio
durante exercícios militares e
reiterou que "jamais" irá suspender seu programa de enriquecimento de urânio. A exaltação de sua nova arma bélica
aconteceu um dia após o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, inaugurar uma usina de água pesada e a cinco dias
do fim do prazo dado pela ONU
exigindo que Teerã suspenda
seu programa nuclear.
O míssil, chamado de Thaqeb
-Saturno em farsi-, é o primeiro lançado debaixo da água,
mas que sobrevoa a superfície
para atingir o alvo, o que o distingue de um torpedo.
Segundo analistas, os novos
testes, entretanto, indicam que
o Irã está jogando com o Ocidente. O país teria capacidade
de romper o tráfego vital de navios de petróleo no Golfo, pelo
qual passam dois quintos do
fornecimento mundial.
O lançamento-teste ocorreu
durante exercícios militares de
larga escala que o Irã tem participado desde 19 de agosto. Um
breve vídeo mostra o Thaqeb
saindo da água e atingindo o alvo a menos de uma milha de
distância (1,6 km). Esse foi o último de uma série de novas armas navais que o Irã mostrou
em 2006 para alcançar o que
chamam de nova proeza tecnológica em produção de armas.
O chefe das negociações nucleares do Irã, Ali Larijani, reiterou ontem a posição de Teerã
de estar pronto para conversar
sobre seu programa nuclear a
"nível ministerial" para tratar
do tema nuclear com os membros do Conselho de Segurança
da ONU mais Alemanha, mas
descartou a possibilidade de o
Irã suspender o seu enriquecimento de urânio.
"Nós queremos produzir
nosso próprio combustível nuclear", disse à agência Irna.
Em um programa transmitido pela TV iraniana, Ahmadinejad premiou 14 cientistas e
profissionais nucleares, incluindo o chefe do programa de
enriquecimento de urânio, parabenizando-os pelo sucesso
do programa.
Seis potências ofereceram
um pacote de incentivos econômicos para que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio.
Mas o país diz não ter intenção
de construir armas nucleares e
que tem o direito de ter um programa nuclear pacífico.
Com agências internacionais
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