São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011

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Nº2 da rede Al Qaeda foi morto, dizem EUA

Líbio Atiyah Abd al Rahman era o responsável pelas operações no Paquistão; detalhes não foram divulgados

Rede terrorista estava abalada desde a queda de Bin Laden; EUA aproveitam momento para minar lideranças

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O segundo homem no comando da Al Qaeda, Atiyah Abd al Rahman, foi morto no Paquistão, informaram ontem autoridades do governo dos Estados Unidos.
De nacionalidade líbia, Rahman era quem coordenava as operações da rede terrorista antes de virar o nº 2 da organização. Assumiu o novo posto de comando depois que o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, foi morto por operação americana, em maio, também no Paquistão.
Rahman teria morrido dia 22 de agosto na região tribal do Waziristão, mas não foram divulgados mais detalhes.
Sua morte aconteceu no mesmo dia em que foi registrado o ataque de um drone (avião não tripulado) da CIA à região montanhosa que faz fronteira com o Afeganistão.
"O material encontrado no complexo em que Bin Laden foi morto mostrou que Atiyah estava profundamente envolvido na direção da Al Qaeda mesmo antes do ataque. Ele tinha múltiplas responsabilidades na organização e será muito difícil de substitui-lo", disse um funcionário sênior dos EUA.
Desde o assassinato de Osama bin Laden em maio, a administração do presidente Barack Obama diz que a Al Qaeda está nocauteada e sua liderança, em frangalhos.
O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta afirmou, no mês passado, que a derrota do grupo terrorista poderia acontecer se os EUA conseguissem realizar com sucesso uma série de ataques contra a liderança da rede.
"Agora é o momento, após o que aconteceu a Bin Laden, de pressionar ao máximo", disse Panetta, na época.
O atual líder da rede terrorista é o egípcio Ayman al Zawahiri, braço direito de Bin Laden por décadas. Falta-lhe, porém, o carisma do fundador do grupo e a habilidade de coordenar as atuações da Al Qaeda pelo mundo.
"Zawahiri precisava da experiência e contatos de Atiyah para comandar a Al Qaeda", disse um funcionário dos EUA à Associated Press.
No ano passado, houve rumores de que Rahman tinha sido morto, mas autoridades dos EUA e da Al Qaeda nunca confirmaram isso.
Ele era próximo de Bin Laden desde o final dos anos 70, a quem se juntou quando adolescente no Afeganistão, no combate à invasão da extinta URSS.


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