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São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2003

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IRAQUE OCUPADO

De acordo com o presidente dos EUA, progresso realizado pela coalizão torna insurgentes "desesperados"

Desespero motiva atentados, diz Bush

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, disse que o aumento da violência no Iraque se deve ao progresso realizado pelas forças da coalizão, argumentando que o sucesso da reconstrução deixa os insurgentes "desesperados".
"Quanto mais progresso fazemos no Iraque, mais os iraquianos se tornam livres, mais eletricidade se torna disponível, mais empregos são oferecidos à população, mais crianças voltam a estudar, mais os assassinos se tornam desesperados", disse Bush após reunir-se com o chefe da Autoridade Provisória da Coalizão, Paul Bremer, em Washington.
"[Eles] não suportam a idéia de viver numa sociedade livre. Eles odeiam a liberdade. Eles amam o terror. Ele adoram tentar criar uma atmosfera de medo e de caos. A existência de um Iraque pacífico faz parte do interesse nacional dos EUA, e manteremos o rumo atual até atingir esse objetivo", acrescentou o presidente.
Além de Bremer, Bush também encontrou o general John Abizaid, chefe do Comando Central dos EUA, e o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld.
Segundo Bremer, a situação é difícil, mas os casos bem-sucedidos são mais numerosos que os fracassos. "Ainda teremos dias difíceis [no Iraque]. Mas cremos estar na direção correta, e os dias bons são mais numerosos que os dias ruins", afirmou Bremer.
Funcionários do Departamento da Defesa dos EUA -que não quiseram identificar-se- disseram que inúmeros iraquianos insurretos foram mortos ou presos, no último final de semana, pelas forças da coalizão. Eles não disseram, porém, quanto deles morreram ou foram detidos nem onde ocorreram as prisões ou mortes.
Como depois de outros atentados ocorridos no Iraque, autoridades americanas prometeram que a nova onda de violência não afetará a determinação americana no que se refere a estabilizar a situação no país. Os EUA também prometeram que vão continuar a perseguir os simpatizantes do ex-ditador Saddam Hussein e que vão intensificar o treinamento de iraquianos para que eles possam ser responsáveis por parte da segurança das cidades do Iraque.
A situação no Iraque é importante para Bush, pois ele pretende buscar a reeleição em novembro de 2004. Embora o eleitorado americano não dê muito valor à política internacional, as vultosas somas gastas na reconstrução do Iraque são vistas, por parte da população dos EUA, como dinheiro que deveria ser gasto para tentar estimular a economia americana.
Pré-candidatos democratas à Presidência criticaram, num debate realizado anteontem, a política de Bush no Iraque.


Com agências internacionais


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