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Após fracassar em formar coalizão, Livni encabeça pesquisas em Israel
Partido dela, Kadima, aparece à frente do Likud, do ex-premiê Netanyahu
DA REDAÇÃO
Embora eleições legislativas
antecipadas israelenses não estejam ainda formalmente convocadas, duas pesquisas publicadas ontem, as primeiras após
Tzipi Livni anunciar que não
conseguiu formar um governo
de coalizão para substituir
Ehud Olmert, dão pela primeira vez uma ligeira vantagem ao
seu partido, o Kadima (centro).
Ele constituiria a maior bancada no Knesset, o Parlamento
unicameral, com 29 dos 120 deputados, segundo o instituto
Dahaf. Em segundo lugar viria
o Likud (direita), liderado por
Benjamin Netanyahu.
Outro instituto, o TNS Teleseker, deu ao Kadima 31 deputados, e ao Likud, 29. As duas
pesquisas demonstram que a
política israelense permaneceria fragmentada e que os resultados são bastante apertados
para serem facilmente invertidos, por exemplo, com atentados de grupos palestinos opostos às negociações de paz.
Mas há de inédito o favoritismo de Livni em chefiar o próximo governo. Nos últimos dois
anos as pesquisas atribuíam esse papel a Netanyahu, adversário radical de concessões territoriais aos palestinos.
Ainda ontem ele reafirmou
que não permitiria a divisão de
Jerusalém e manteria sob soberania israelense parte da Cisjordânia, onde um virtual Estado palestino teria sua existência comprometida por centenas de assentamentos judaicos.
Também disse que não devolveria à Síria as colinas do Golã,
o que abortaria as negociações
ainda embrionárias entre Israel e a ditadura de Damasco.
Livni procurou nas duas últimas semanas compor uma nova maioria parlamentar que
dispensasse legislativas, um
ano e meio antes da data em
que elas deveriam ser convocadas. Ministra das Relações Exteriores no gabinete anterior,
ela se elegeu líder do Kadima
em substituição a Olmert, que,
embora continue interinamente como primeiro-ministro, renunciou ao cargo em setembro
em meio a inquéritos policiais
sobre corrupção.
O presidente de Israel, Shimon Peres, ainda não dissolveu
o Parlamento. Mas ainda ontem, ao abrir a sessão parlamentar do outono, ele afirmou
que "nos próximos dias, Israel
ingressará numa campanha
eleitoral decisiva".
Segundo o jornal israelense
"Haaretz", há uma discussão
dentro do Partido Trabalhista,
liderado pelo ministro da Defesa, Ehud Barak, de ir às urnas
com uma chapa de candidatos
conjunta com o Kadima. A
idéia, com a qual Barak não
concorda, foi lançada por um
dos ministros trabalhistas,
Benjamin Ben-Eliezer.
Com agências internacionais
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