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Caracas diz ter detido espiões colombianos
DA REDAÇÃO
Um dia após protestar
contra supostas atividades
de espionagem pela Colômbia em seu território, a
Venezuela anunciou ontem a prisão de um número indeterminado de agentes do DAS, a agência de
inteligência do país rival.
O episódio contribui para atribular ainda mais as
já tensas relações bilaterais, "congeladas" pela Venezuela em julho -após o
anúncio pela Colômbia de
tratativas com os EUA para o uso de bases em seu
território por americanos.
Segundo Caracas, os detidos foram flagrados em
"trabalho de espionagem"
e terão que enfrentar "os
tribunais venezuelanos".
"Nesta situação tão grave e séria, [encontraram-se] planos de desestabilização contra nosso governo, o povo e a democracia", disse a Chancelaria.
Na Colômbia, o DAS esteve envolvido neste ano
em mais de um escândalo
de espionagem ilegal -de
opositores, magistrados e
autoridades-, levantando
dúvidas sobre o real controle exercido por Bogotá.
Em nota, anteontem, o
governo Hugo Chávez expressou "o mais enérgico
protesto" pela suposta espionagem e exortou o "fim
imediato" das atividades
"claramente inamistosas".
A embaixadora da Colômbia na Venezuela, María Luisa Chiappe, disse
apenas que a nota emitida
na véspera tramita pelos
canais formais e que não
cairá em "provocações".
No último fim de semana, a tensão bilateral já havia aumentado com a confirmação por Caracas de
que dez corpos achados na
fronteira eram do grupo
de colombianos sequestrado havia duas semanas.
A Venezuela atribuiu as
mortes a "confrontos internos" do vizinho. Já o
colombiano Álvaro Uribe
disse decorrerem do "terrorismo internacional".
Também no fim de semana, Chávez chegou a
chamar o ministro da Defesa do rival, Gabriel Silva,
de "retardado mental" por
dizer que o país é hoje rota
do narcotráfico, porém depois retirou a qualificação.
Com agências internacionais
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